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Sinergia alimentar

Saiba como aperfeiçoar a absorção de nutrientes pelo organismo

Redação Bonde / Assessoria de Imprensa
06 jan 2015 às 14:16

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A tempos que jardineiros e fazendeiros conhecem a vantagem de cultivar vegetação diferentes no mesmo local. Plantas diferentes, como manjericão e tomate, brócolis ou qualquer outra, crescem muito melhor juntas do que separadas. Agora a ciência descreve que o mesmo acontece com a comida e seu efeito sobre o organismo.

Segundo estudos recentes na ciência nutricional e da saúde, alguns alimentos não tem efeito isolado, eles passam a agir apenas em conjunto. Ingerir dois ingredientes ou até três ou mais juntos surtem efeitos diferentes de consumi-los em separado. Isso porque, em seu corpo, eles interagem. No pior dos casos, fazem você passar mal. No melhor, facilitam a absorção de seus nutrientes.

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Segundo Dr Fábio Cardoso especialista em medicina preventiva e longevidade, isso se chama sinergia alimentar, e o benefício é grande, capaz talvez de prevenir doenças crônicas importantes como o câncer, cardiopatias e acidente vascular cerebral. Quando determinados alimentos são ingeridos juntos, seus compostos são absorvidos ao mesmo tempo e circulam simultaneamente no nível celular.

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Combinar ingredientes faz com que as substâncias que interajam entre si, às vezes para o bem, outras nem tanto assim. Já sabemos que nem todos os nutrientes presentes no alimento são absorvidos na quantidade que são consumidos, eles passam por interações durante a digestão de maneira positiva ou negativa na sua absorção.

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A quantidade de determinado nutriente que está disponível para ser absorvido pelo corpo, na forma que ele é melhor aproveitado, é chamada de biodisponível. Ou seja, nada mais é do que a capacidade de sua substância entrar na célula e cumprir sua função adequadamente.


Nossa relação com a gordura deu uma cambalhota agora, gorduras e óleos bons têm seu lugar à mesa. Como nos conta Dr Fábio, precisamos da gordura para reter os nutrientes dos alimentos frescos, e os pesquisadores descobriram que ela é essencial para a absorção do licopeno e dos carotenos alfa e beta.

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ABAIXO ALGUMAS COMBINAÇÕES SUGERIDAS:



O feijão, por sua vez, é um alimento rico em proteína vegetal, também sendo fonte de ferro, vitaminas do complexo B e demais minerais fundamentais para o bom funcionamento do organismo. A combinação desses dois alimentos é perfeita, pois se completam. Além de fornecerem diversos nutrientes, os aminoácidos que faltam em um alimento podem ser encontrados no outro.

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Por exemplo: o arroz é pobre no aminoácido lisina, que por sua vez é encontrado em abundância no feijão, já o aminoácido metionina é pobre no feijão, mas existe abundância no arroz, por este motivo que eles se completam, tornando-se um par perfeito. A proporção ideal é de 3 porções de arroz para 1 porção de feijão.


E nosso organismo só tem a ganhar com isso. O processo funciona assim: Rico em gorduras monoinsaturadas (aquela que faz bem ao coração), o abacate transporta com grande maestria, o licopeno do tomate até o intestino, o que facilita a biodisponibilidade (aproveitamento) desse nutriente. E é bom recordar que o licopeno tem o poder de reduzir os radicais livres produzidos pela exposição do sol e da poluição, o que previne o envelhecimento precoce, principalmente da pele.

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Visto que, permite que uma maior quantidade de vitamina K, essencial para a coagulação do sangue, seja incorporada ao organismo com facilidade e segurança. Então, outras combinações positivas surgem como Brócolis + Azeite extra-virgem de oliva ou Folhas de Rúcula + castanha de caju ou Nabo ralado + Semente de abóbora.


Há outra vantagem no casamento da castanha do Pará com brócolis: a verdura ajuda o fígado a se livrar de substâncias estranhas ou nocivas, como mercúrio, chumbo, alumínio e hormônios sintéticos. E o selênio da oleaginosa potencializa essa ação. Desintoxicado, o fígado funciona melhor.

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Outra união bem interessante é morango com aveia. Esta junção ajuda na biodisponibilidade da vitamina D, mineral com dificuldades de plena absorção pelo organismo, além de que, a dieta 100% vegetariana é pobre em calciferol (vitamina D).


Uma boa quantidade de vitamina D (2.000 UI por dia) reforça os ossos e as defesas do organismo, prevenindo de osteopenia e osteoporose. E segundo estudos de universidades asiáticas, a vitamina D também deixa os músculos mais resistentes. Resultado: se consegue queimar calorias extras e emagrecer mais facilmente.

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Por isso, a importância de se levar a sério a recomendação de se expor de 20 minutos ao sol (no começo da manhã e no final da tarde com os braços, mãos e pernas descobertas, uma camiseta e bermuda são ideais), a principal fonte de vitamina D. Só os cereais integrais (aveia, centeio, tricale, cevada, linhaça, trigo e milho integral, arroz integral e selvagem) carregam este nutriente, e infelizmente, o aporte é bem pequeno.


O segredo é colocá-los no prato com mais freqüência, além de combiná-los com alimentos ricos em vitamina C (morango- prefira os orgânicos, kiwi, laranja, caju, goiaba, tangerina, acerola, salsinha, rúcula, etc.). A parceria é benéfica, pois a vitamina C desses alimentos, ajuda a baixar o pH do trato digestivo, deixando-o mais ácido e favorável à absorção da vitamina D.



Um suco feito com o caldo da tangerina batido no liquidificador com a cenoura, além de saboroso é um coquetel poderoso de vitaminas A e C. A vitamina A ajuda a manter o sistema imune equilibrado. Sua deficiência provoca diminuição de glóbulos brancos, deixando o corpo mais suscetível a infecções. Também ajuda no viço da pele e saúde dos olhos.


A vitamina C promove a cicatrização e fortalece a imunidade. Juntas, agem como antioxidantes no combate aos radicais livres e evitam o aparecimento de um ambiente propício às mutações celulares responsáveis pelo câncer. E para completar, a dupla forte é garantia de bronzeado bonito e duradouro.


Os temperos também podem agir sinergicamente. Associar salsinha com azeite extra-virgem de oliva combinamuito na mesma refeição com alimentos ricos em vitamina C (limão, laranja, folhas verdes, como agrião, rúcula, escarola, etc.) e vitamina E (óleo de girassol, de milho – este preferencialmente orgânico-, germe de trigo, grãos integrais em geral, como nozes, etc.) aumentam os benefícios do sistema imunológico.


A vitamina C auxilia na proteção do organismo contra infecções, virus e se juntar o poder antioxidante da vitamina E, elas se tornam poderosas no bloqueio da ação danosa dos radicais livres. Estudos indicam que a vitamina E em conjunto com a vitamina C, tem efeito anticancerígeno, especialmente contra o câncer de pele e de mama.


E especialmente, as vitaminas lipossolúveis das ervas e das folhagens são melhores aproveitadas com a presença do azeite de oliva. E ainda, os benefícios das ervas como salsinha, cebolinha, hortelã, manjericão, etc., são liberadas facilmente no azeite.


Abóbora e semente de girasol também é uma boa dupla. A pró-vitamina A (betacaroteno) da abóbora é mais bem absorvida, pois a vitamina E, repleta na semente, tem efeito antioxidante sobre os lipídios (gorduras) que a transportam. O resultado: olhos, pele e mucosas mais protegidos e sistema imunológico em alta.


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E combinar estes nutrientes é bem fácil, basta uma salada de abóbora cozida com cebolinha crua e sementes de girassol, e azeite extra-virgem de oliva (outra fonte de vitamina E) para temperar. Também funciona como suco, basta bater a abóbora crua com água de coco e sementes de girassol.


Tríplice união muito favorável para reduzir a fome e o colesterol. O abacate repleto de gordura monoinsaturada oferece saciedade e gordura do bem, as fibras solúveis da aveia ajudam no controle glicêmico (alterações do açúcar no sangue) e colesterol, e a vitamina C da laranja (ou também, limão, tangerina, caju, etc.), reforça a defesa e auxilia no bom aproveitamento dos outros alimentos da combinação.


E a união de fibras da aveia e da laranja (principalmente se for ingerida com o bagaço), e mais da gordura do abacate faz os intestinos trabalharem de forma adequada, prevenindo a prisão de ventre, muito comum nas mulheres e pessoas mais obesas.


Outro hábito interessante é o consumo de sementes e brotos germinados. Com o processo da germinação, as sementes e brotos tornam-se neutras. Percebam a magia: combinam com todos os alimentos.


Dê preferência à combinação das sementes oleaginosas com as frutas, pois, com sua elevada riqueza em enzimas, facilitam, com saldo positivo, todo o processo de digestão e excreção.


E as combinações ruins? Aqui vai algumas dicas também do que não se deve fazer:


Evite ingerir mais de dois alimentos amiláceos na mesma refeição, pois cada um tem um tempo digestivo. Isto provoca fermentação (gases e arrotos) e acidifica o estômago. Exemplo: macarrão + batata + pão.


Evite ingerir alimentos ácidos e amidos na mesma refeição. A digestão dos amidos começa na boca pela ação da ptialina, que os transforma em maltose (tipo de açúcar). A ptialina só atua em meio alcalino. A presença de ácidos danificam esta enzima favorecendo sua fermentação. Exemplo: macarrão com molho de tomate.


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Evite ingerir amidos e açúcares na mesma refeição. A digestão dos amidos começa na boca e prossegue, em condições apropriadas, no estômago. Os açúcares não são digeridos nem na boca nem no estômago, a sua digestão se dá no intestino delgado. Quando consumimos isoladamente, passam rapidamente do estômago ao intestino.


Quando consumidos juntos, ficam retidos no estômago aguardando a digestão destes. Como os açúcares têm a tendência à fermentação rápida, nas condições de calor e umidade existentes no estômago, a combinação amido e açúcares produz fermentação ácida. Exemplos: arroz doce, bolos e pães doces.


Evite ingerir duas proteínas concentradas na mesma refeição. Para uma digestão eficiente, cada proteína exige sucos gástricos de composições diferentes, além de tempos distintos. Exemplo: enquanto o suco gástrico necessário à digestão da carne tem seu pH máximo no início da digestão, o suco gástrico necessário à digestão do leite terá seu pH máximo no final. Exemplos: carne com leite, carne com ovos ou leite com nozes.


Evite ingerir proteínas e ácidos na mesma refeição. O início da digestão das proteínas se dá no estômago em presença da enzima pepsina que atua em meio ácido. A ingestão de ácidos em excesso irá inibir a ação desta enzima.


Evite ingerir proteínas com gorduras. A presença das gorduras nos alimentos diminui a atividade da secreção gástrica, além de baixar a quantidade de ácido clorídrico e pepsina no suco gástrico, atrasando a digestão das proteínas.


Evite ingerir leite com frutas ácidas. Quando o leite entra no estômago, ele coalha, envolvendo as partículas dos outros alimentos, isolando-os do suco gástrico.


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Evite ingerir sobremesas (doces e sorvetes). Elas já constituem um excesso sobre a alimentação, sobrecarregando a capacidade digestiva. Além disso, geralmente são açucaradas, o que leva aos transtornos anteriormente mencionados.


Evite ingerir frutas oleaginosas com frutas doces na mesma refeição porque a gordura ao se misturar com o açúcar produz fermentação alcoólica.

Evite ingerir frutas ácidas com amido, pois os ácidos, impedem a natural digestão dos amidos, causando fermentação ácida.


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