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Além da dieta...

Pense magro: sucesso do emagrecimento está na cabeça

Redação Bonde
22 jun 2012 às 13:05

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- Reprodução
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Com o crescimento em ritmo acelerado da obesidade em nível mundial, muito se tem falado a respeito da necessidade de tratamentos efetivos para combater este grande mal do século 21, como o uso de dietas, exercícios, remédios ou procedimentos bariátricos para a restrição alimentar. Embora todos estes tratamentos tenham embasamentos científicos e sejam eficazes, não é raro ver casos de insucesso no processo de emagrecimento, em virtude de dois fatores importantes que raramente são pontuados e trabalhados no indivíduo obeso: mudança de pensamentos e comportamentos.

De acordo com a psicóloga especialista em terapia comportamental-cognitiva, Marilice Rubbo de Carvalho, a ansiedade é apontada regularmente como um grande vilão para a obesidade, mas a questão é – frequentemente - mais complexa e não somente pela ansiedade e sim por outros transtornos muito mais profundos. "Sentimentos como tristeza, raiva, frustração, entre outros, tem bases em históricos particulares e que levam o indivíduo a buscar no alimento uma fuga", relata Marilice.

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Desta forma, segundo a especialista, se a mente do obeso não for especialmente trabalhada, as terapias externas como dietas, reeducação alimentar, atividade física se tornam mais difíceis para a redução definitiva de peso do individuo. "É algo que parece simples, mas não é, e costuma ser negligenciado até mesmo por especialistas em obesidade", declara.

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Marilice destaca o uso cada vez maior da terapia comportamental-cognitiva para este fim, cuja técnica auxilia na perda e controle de peso através da modificação de pensamentos disfuncionais associados aos hábitos do paciente, como o aprendizado sobre seu comportamento alimentar e entendimento dos sentimentos e pensamentos que o levam a comer. A terapia tem ainda como objetivo gerenciar as emoções do paciente, como melhorar sua auto-estima, reforçar e motivar a importância das mudanças de hábitos, reações de stress, ansiedade e compulsão alimentar.

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"Alguns sentimentos são comuns na maioria dos casos, às vezes provocados por traumas e crenças que geram baixa auto-estima, sensação de inferioridade, infelicidade, e são neles que direcionamos o foco do paciente para uma mudança de percepção e atitude", revela a psicóloga.


A importância desta terapia não é somente para quem deseja mudar de comportamento e entender sua relação com a obesidade, mas também para quem recorre às cirurgias de redução de estômago, à colocação da banda gástrica ajustável, ao procedimento endoscópico com balão intragástrico e medicamentos inibidores de apetite. "É essencial que antes de iniciar algumas destas terapias o paciente realize um profundo trabalho de mudança cognitiva comportamental para se preparar para uma mudança na alimentação posterior a estes procedimentos e manter toda a programação necessária para a manutenção do peso perdido", explica Marilice.

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A psicóloga destaca algumas das questões comportamentais e cognitivas trabalhadas com o paciente no sobrepeso e obesidade, que estão relacionadas a comer e tudo que lhe traz insatisfação, e que podem ser observadas e praticadas no dia a dia, durante o tratamento.


Administração do tempo

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Para o sucesso do tratamento é preciso trabalhar a organização pessoal definindo as prioridades;


Planejar o tempo executando suas tarefas no dia a dia com tempo hábil para realizá-las sem perder o foco;

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Dizer "não" colocando limites em seu âmbito profissional e pessoal;


Não ser perfeccionista e pensar que é "tudo ou nada" é necessário ser flexível.

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Monitoramento da fome


Antes de se sentar para fazer cada refeição ou lanche, observe as sensações de seu estômago;

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Depois escreva as percepções e classifique de 0 a 10 (0 nenhuma fome e 10 maior fome que já sentiu);


Faça o mesmo no meio do jantar, no final e 20 minutos depois;


Cartão de vantagens

Escreva um cartão com todas as vantagens de emagrecer e leia pelo menos duas vezes ao dia.


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