As confraternizações que agitam o fim do ano podem ser grandes vilãs do emagrecimento. Happy hour, amigo secreto e festas de despedida são sempre acompanhadas de bebidas e pratos deliciosos que fazem qualquer pessoa sair do ritmo da dieta. Exageros cometidos nesta época resultam no aumento de peso indesejado.
Algumas receitas já são tradicionais nas mesas natalinas. São diversas opções de carnes, salgados, panetone, doces e bebidas. Mas muitos desses alimentos têm alto valor calórico e podem ser prejudiciais à saúde. É importante lembrar que é possível preparar uma ceia saudável e ao mesmo tempo saborosa.
O consumo de frutas e sementes também aumenta muito. Lichia, ameixa, cereja, nozes, amêndoas e castanhas são muito procuradas neste período e já se tornaram símbolos do Natal. Usadas muitas vezes na decoração, podem substituir os doces como sobremesa, pois trazem inúmeros benefícios para a saúde devido ao grande potencial de nutrientes.
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Frutas e sementes natalinas
Lichia: rica em cianidina, fibras, potássio e vitamina C. O alto teor de vitamina C combate os radicais livres. A cianidina pode prevenir as gorduras periféricas com a obesidade abdominal localizada. Já o potássio evita a dormência e as câimbras musculares melhorando a retenção hídrica e os edemas periféricos. Quantidade ideal de consumo por dia: dez unidades.
Cereja: rica em vitamina C, potássio, antocianina e ácido elágico. É desintoxicante, excelente para o tratamento de cistite e prevenção de câncer. Suas propriedades também auxiliam no combate aos vírus, artrite reumatóide e gota. As cerejas são ótimos antiinflamatórios naturais, devido às altas concentrações de antocianina. Quantidade ideal de consumo por dia: até dez unidades.
Damasco: rico em betacaroteno, fibras e vitaminas B3 e C. Combate radicais livres, previne câncer e doenças inflamatórias como artrites. Também melhora a osteoporose e é ótimo para manter a pele macia. Quantidade ideal de consumo por dia: uma unidade.
Ameixa: rica em pectina, uma fibra que diminui o risco do câncer de cólon e em vitamina B6, potássio, magnésio e cobre. Age como laxante, antiviral e antibacteriana. Ajuda na prisão de ventre. Quantidade ideal de consumo por dia: até duas unidades.
Figo: pode combater o câncer pelo composto benzaldeído, que tem auxiliado a regredir tumores. Laxativo, antiulcerativo, antibacteriano, antiparasitas. É excelente para clarear a pele, mas
pode dar dor de cabeça. Quantidade ideal de consumo por dia: até três unidades.
Uva roxa: rica em vitaminas B3 e 6, biotina, selênio, zinco, potássio e ácido elágico. É antioxidante, fortalece os capilares e tem poder desintoxicante, melhorando a resposta imune. O ácido elágico é anticancerígeno. A uva roxa é ótima para as doenças cardíacas. Quantidade ideal de consumo por dia: um cacho.
Abacaxi: rico em vitaminas B1, B2 e C, manganês, bromelina e fibras. A bromelina auxilia na digestão e é antiinflamatória. É boa fonte de manganês que combate os radicais livres, a osteoporose e aumenta a imunidade. Quantidade ideal de consumo por dia: uma fatia média.
Avelã: rica em vitaminas B1, B3, B6 e E, ácido fólico, ferro, cálcio, manganês e proteínas. Ajuda o organismo a melhorar a imunidade e é ótimo para a fertilidade. Quantidade ideal de consumo por dia: quatro unidades.
Nozes: ricas em glutationa, vitaminas B1, B2 e B6, ácido fólico, zinco, ômega 6 e 9. Reduz os níveis de colesterol, fornece energia e melhora a função cerebral. É anticancerígena e protetora do coração. Quantidade ideal de consumo por dia: até cinco unidades.
Castanha do Pará: rica em vitaminas B e E, cálcio, ferro, glutationa, biotina e selênio. Tem excelente poder antioxidante e auxilia no tratamento de doenças da tireóide. Quantidade ideal de consumo por dia: cinco unidades.
Para aproveitar ao máximo e começar o ano de bem com a saúde e o corpo, alguns conselhos são importantes:
- Evitar os excessos de comida.
- Degustar pequenas fatias e porções.
- Controlar a bebida
- Evitar sobremesas à noite.
- Massas e carboidratos devem ser evitados no jantar.
- Escolher as saladas
Sylvana Braga é nutróloga, reumatóloga, fisiatra e especialista em prática ortomolecular