As ceias de Natal e de final de ano, para muitas pessoas, são sinônimos de exagero alimentar, de bebidas alcoólicas e muitas festividades. Tudo isso pode resultar em prejuízo para a saúde além de promover redução da regularidade das atividades físicas e também da qualidade do sono.
A endocrinologista, Myrna Campagnoli, alerta que existem riscos imediatos e tardios associados a este comportamento. "Mal-estar gastrointestinal (vômitos e diarreia), desidratação e dores de cabeça são alguns dos males mais comuns que os exageros de final de ano causam", alerta.
A famosa "ressaca" também é prejudicial para o organismo, pois sobrecarrega quase todos os órgãos e tecidos. Segundo a endocrinologista a sensação de empanzinamento, dor abdominal, náuseas, alteração do ritmo intestinal (diarreia ou prisão de ventre), sensação de inchaço, dores de cabeça, sensação de sede, dentre outros, são sintomas imediatos característicos dos exageros de fim de ano.
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"Vale ressaltar que muitos alimentos de consumo característico nesta época do ano são alergênicos e existe o risco de apresentar reações alérgicas de diferentes graus em quem ingere", diz a Dra. Myrna.
"Os prejuízos em longo prazo são o ganho de peso, aumento dos níveis de glicose (açúcar no sangue), de colesterol e triglicérides, aumento da pressão arterial, dentre outros", ressalta a médica com relação aos riscos tardios. Ela afirma que a mudança temporária da dieta é bem tolerada pelo organismo, mas o grande problema está no exagero.
"Comer alimentos diferentes, mesmo que mais calóricos, não traz um grande prejuízo. Entretanto, comê-los em excesso traz riscos imediatos e em longo prazo. E é possível divertir-se, participar de todas as festividades sem exagerar no consumo alimentar e de bebidas alcoólicas. Basta se programar e pensar nisso antes da festa", aconselha a especialista.
Para balancear a alimentação durante as festas de fim de ano, o ideal é que, em todas as refeições, existam opções leves como frutas e saladas. E estas podem ser consumidas junto com as carnes ou outros pratos típicos, segundo a endocrinologista, sempre em quantidades moderadas.
Com relação às bebidas alcoólicas, a médica enfatiza: não fazem bem à saúde, portanto, não há melhor forma de consumo, nem a bebida mais ou menos indicada. "Se houver consumo, que seja moderado como, por exemplo, apenas para o brinde. É importante procurar opções com baixo teor alcoólico para o brinde e, se puder, substituir por um coquetel de frutas sem álcool", sugere.
Sugestões saudáveis
- Preferir sobremesas feitas de frutas;
- Preferir carnes assadas no lugar de fritas;
- Consumir frutos secos e castanhas (com moderação, pois são calóricos);
- Beber sucos, água de coco e água mineral para manter-se hidratado;
- Beliscar menos, ou seja, é melhor que a ceia seja uma refeição ao invés de apenas petiscos que serão consumidos em maior quantidade e geralmente são mais calóricos;
- Cuidado com o sal no preparo dos alimentos e muita atenção aos alimentos comprados prontos;
- Evitar o que você pode pegar com as mãos. Preferir comer com garfo e faca;
- Menos é mais. Menos opções e menos quantidade é igual a uma ceia mais personalizada e mais saudável.
Ceia saudável
- Entradas: Saladas de folhas com molhos leves. Um salpicão light é uma boa pedida;
- Bebidas: Água de coco, suco de frutas frescas, água sem gás;
- Prato principal: Troque o arroz ou massa branca pela integral, use peixes e aves (sem pele) assados ao forno, recheios com ricota deve ser a opção para as massas recheadas.
- Acompanhamento: Legumes gratinados ao molho de iogurte ou mousses de palmito, aspargo com ricota ou iogurte. As lentilhas cozidas com água, sal e ervas são uma boa opção;
- Sobremesas: Gelatina sem creme de leite, rabanada assada no lugar da frita ou panetone light – sem exagero. Preferir picolé e sorvetes de fruta sem leite. Ou ainda, use frutas congeladas batidas do liquidificador, que ficam bem saborosas.