Manter uma dieta prudente e um estilo de vida saudável são requisitos fundamentais para controlar os níveis da doença, evitar o uso de remédios ou usá-los em menor dose ou eficácia.
"A colesterolemia elevada é silenciosa e perigosa, não apresenta sintomas. Por isso, é preciso conscientizar as pessoas sobre a necessidade de uma alimentação saudável", destaca o Dr. José Ernesto do Santos, médico nutrólogo e diretor da Associação Brasileira de Nutrologia.
O colesterol é um tipo de lipídio produzido pelo organismo e ingerido na alimentação. 70% vêm da produção do corpo e os outros 30% vêm dos alimentos. O LDLl (low density lipoprotein), também chamado de fração ruim, deposita gordura nas artérias e desencadeia uma série de processos que como resultado é a aceleração da aterosclerose e maior risco de infarte. E o HDL (high density lipoprotein), ou fração boa colesterol, que transporta a gordura, dos tecidos para o metabolismo hepático.
A grande quantidade pessoas com LDL colesterol acima do limite preocupa os médicos. No Brasil, cerca de 40% da população apresenta essa condição. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos, aproximadamente 17 milhões de pessoas morrem devido às doenças cardíacas.
Porém, o colesterol é uma substância fundamental para o corpo. Desempenha diversas funções como fabricação de hormônios, da bile e vitamina D, além de realizar a manutenção das células e o transporte de gorduras. Por isso, é necessário que o HDL-C e o LDL-C estejam dentro dos limites. Assim, a alimentação é a melhor solução, principalmente porque evita o uso de remédios.
"A dica é aumentar o consumo de vegetais e diminuir os alimentos onde o colesterol está presente, como, por exemplo, os de origem animal", explica o especialista. De acordo com o Dr. José Ernesto, o colesterol está presente essencialmente em alimentos de origem animal, como carnes gordas, embutidos, frios, gema de ovo, leite, entre outros.
Algumas dicas:
- Os legumes não contêm colesterol e fornecem vitaminas, fibras e minerais. Além disso, são ricos em fitosterois, que abaixam os níveis de LDL do sangue e protegem o coração.
- As oleaginosas como avelãs, nozes, pistache ou amendoim tem alto valor nutricional e altas doses de gorduras insaturadas, que ajudam no combate ao mau colesterol.
- Os óleos vegetais como os de soja, girassol, milho, canola, algodão e arroz não possuem colesterol. Além disso, os azeites (óleos de oliva) compõem um grupo de alimentos ricos em gorduras insaturadas.
- Peixes magros, frangos sem pele e queijos brancos são alimentos que podem ser consumidos com mais moderação que carnes gordurosas e queijos amarelos (com Barcelona Soluções Corporativas).