No verão, as chances de ter uma intoxicação aumentam, devido à exposição dos alimentos ao calor. As carnes, os frutos do mar, saladas e maioneses são os alimentos que têm maior facilidade de serem contaminados e de provocar intoxicação alimentar. "A conservação e validade dos alimentos são prejudicadas pelo aumento da temperatura e os agentes causadores dessa doença tendem a se multiplicar”, explica Guilherme Augusto Rolim de Moura, nutrólogo do HNSG (Hospital Nossa Senhora das Graças).
Para a maioria das pessoas, a intoxicação gastrointestinal é uma experiência desagradável que dura entre um a dois dias. Normalmente, o próprio organismo cria mecanismos de defesa e regulariza a função intestinal.
O médico alerta que intoxicação pode ser perigosa em crianças pequenas, idosos, pessoas com o sistema imunológico comprometido e mulheres grávidas. "As crianças não têm o sistema imunológico totalmente fortalecido e, por isso, são mais suscetíveis a esse tipo de doença e merecem atenção especial. Qualquer pessoa nesses grupos de risco deve procurar imediatamente um serviço médico de emergência”, diz o médico.
Leia mais:
Uso de creatina não é para todos e consumo em excesso pode ser prejudicial
Confira cinco mentiras sobre alimentação que sempre te contaram
Relatório aponta que 28% dos alimentos industrializados têm sódio em excesso
Conheça os nove nutrientes essenciais para evitar fome e cansaço pós-treino
Sintomas - A intoxicação alimentar ou gastrointestinal é uma reação do organismo à ingestão de água e/ou alimentos contaminados durante o preparo, manipulação ou armazenamento. Os sintomas são náuseas, fraqueza ou cansaço, dor abdominal (cólica) e aumento do número de evacuações com perda de consistência das fezes (diarreia).
Também pode ocorrer febre, dor de cabeça e no corpo. Quando ocorre perda excessiva de líquidos nas fezes e vômitos, a pessoa pode sentir-se desidratada, com a boca seca, tontura, diminuição da urina, taquicardia, queda da pressão arterial, irritabilidade e confusão mental.
Previna-se! - Na suspeita de intoxicação alimentar e para prevenir-se, Guilherme recomenda:
• Repousar;
• Ingerir líquidos para hidratar o organismo, como água de coco, soro e isotônicos;
• A partir do momento que a pessoa conseguir ingerir líquidos sem vomitar, deve-se iniciar uma dieta leve;
• Deve-se evitar o consumo de alimentos gordurosos, doces, leite e derivados, refrigerantes, bebidas alcoólicas, frutas (indicado apenas maçã sem casca e banana);
• Deve-se verificar a temperatura corporal com um termômetro;
• Deve-se observar o aspecto das fezes;
• Em caso de febre e de o vômito ou a diarreia persistirem e apresentar sangue ou muco (semelhante ao catarro) nas fezes, a procura por atendimento em unidades de saúde deve ser imediata.
Para a prevenção - Para que as intoxicações sejam evitadas, o especialista indica algumas ações importantes:
• Lave as mãos antes de preparar alimentos;
• Lave frutas de verduras em água tratada e corrente;
• Mantenha os alimentos na geladeira;
• Preste atenção aos prazos de validade dos alimentos;
• Ao descongelar uma comida, o ideal é utilizar o refrigerador, pois em temperatura ambiente aumenta a chance do desenvolvimento de bactérias;
• Compre comidas de fontes seguras (em restaurantes conhecidos e com tradição de higiene).