Diabéticos devem utilizar de adoçantes adequados para pessoas que têm altas taxas de açúcar no sangue. Na hora de comprar, é comum surgir grande dúvida devido à enorme quantidade disponível em supermercados e farmácias. Segundo especialistas, os produtos ideias possuem base de ciclamato, sucralose, acessulfame-k, esteviosídeo, sacarina e aspartame.
Especialista alerta para uso indiscriminado
A nutricionista do Hospital do Coração (HCor), Camila Torreglosa, alerta para o uso indiscriminado e equivocado do produto. "Hoje, no Brasil, temos também alguns produtos que misturam o açúcar ao adoçante. Então é importante que o consumidor faça a leitura do rótulo do produto para que encontre aquele que atenda suas necessidades", recomenda Camila.
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Gestantes, lactentes, crianças e pessoas com restrições alimentares, por exemplo, precisam de orientação médica para a escolha do adoçante ideal. Pessoas com hipertensão arterial, que precisam controlar o consumo de sódio, devem ter cuidado no uso de adoçantes como o ciclamato ou a sacarina, que possuem altos níveis deste mineral em sua composição.
Baixa quantidade de açúcar
Sintetizado a partir de edulcorantes, substâncias naturais ou artificiais responsáveis pelo sabor adocicado provenientes de matérias-primas como aminoácidos, produtos sintéticos e derivados da cana, o adoçante pode ser utilizado como um aliado no tratamento da obesidade.
Conheça abaixo alguns tipos de adoçantes, as diferenças dos naturais e artificiais e suas especificações.
Adoçantes naturais
Frutose - Extraído de frutas e do mel é mais doce que o açúcar, contém grande quantidade de calorias e eleva os níveis de açúcar no sangue, não sendo indicado para diabéticos e para dietas;
Esteviosídeo - Extraído de uma planta nativa da América do Sul (stevia rebaudiana) tem um sabor próximo ao açúcar, não possui calorias e não altera os níveis de açúcar no sangue;
Sorbitol - É encontrado em algumas frutas, como a maçã e a ameixa, e em algas marinhas. Possui valor calórico e não é recomendado para diabéticos. É mais utilizado em chicletes, balas e biscoitos. Tem ação laxativa.
Adoçantes artificiais
Aspartame - Tem grande poder adoçante (200 vezes superior ao açúcar). Não contém calorias e seu uso é permitido para diabéticos. Embora algumas pesquisas associem seu uso à ocorrência de câncer e Mal de Alzheimer, não há comprovação científica;
Sacarina - Criada em 1879, ela é sintetizada a partir do ácido toluenossulfônico, derivado do petróleo. Deixa um sabor residual amargoso e metálico, mas não contém calorias e pode ser usada por diabéticos. Por conter sódio, é contraindicada para hipertensos. Pesquisas associavam o uso da sacarina ao surgimento de câncer, mas sem evidências conclusivas;
Ciclamato de sódio - Provém do ácido ciclo hexano sulfâmico, derivado do petróleo. Assim como a sacarina, não possui calorias e pode ser usado por diabéticos, mas também é contraindicado para hipertensos. É encontrado em refrigerantes zero e adoçantes. Pesquisas científicas apontam que o consumo de ciclamato pode causar câncer e tumores, e por conta disso, disso foi proibido em países como EUA, Japão e França;
Sucralose - É extraído da cana de açúcar e modificado para não ser absorvido pelo organismo humano. Tem um sabor similar ao do açúcar, não contém calorias, não causa cáries, não eleva a glicemia, podendo ser consumido por diabéticos, gestantes e hipertensos. É vendido como produto adoçante e está presente em alimentos de baixa caloria. (Fonte: Mais Equilíbrio)