Falta de ar, dificuldade para respirar, tosse e sensação de aperto e chiado no peito são alguns sintomas de uma doença comum a 6,4 milhões de brasileiros adultos: a asma. Para alertar a população sobre os cuidados necessários para se conviver com ela, foi instituído o dia 21 de junho como o Dia Nacional de Combate à Asma. Mas, embora muita gente já tenha ouvido falar na doença, a maioria desconhece que a alimentação pode ser tanto uma importante aliada quanto uma incômoda adversária para aqueles que sofrem com os seus sintomas.
"Existem nutrientes que ajudam nossos sistemas respiratório e imunológico a funcionarem melhor, reduzindo inflamações e desacelerando a geração de radicais livres. Uma dieta com refeições balanceadas, rica em vitaminas, minerais e ômega 3, é a mais indicada para as pessoas que têm a doença", explica Luci Barbosa, nutricionista do Hospital Vitória, de Curitiba.
Por outro lado, há alergias alimentares que desencadeiam crises de asma, por isso é preciso ficar atento a quais tipos de comida cada organismo tem restrição. Amendoim, soja, ovo, leite de vaca, trigo, peixe, salada, frutas frescas, camarão e crustáceos são os tipos geralmente mais associados a sintomas alérgicos – aponta a especialista. "O consumo de alimentos industrializados, que contém determinados aditivos e conservantes, também podem gerar crises da doença. Por isso, a recomendação é que as pessoas com asma deem preferência a comidas caseiras, frutas, verduras e legumes", orienta.
Veja quais são os nutrientes que podem amenizar os sintomas da asma e como funcionam no organismo:
Vitamina A. Presente em alimentos como fígado, ovo, manteiga e talos de verduras e legumes amarelos e vermelhos, como a cenoura. Fortalece o sistema imunológico e regula o crescimento e a regeneração de tecidos e células do trato respiratório e a função pulmonar, ajudando na produção de muco para expelir partículas e deixando os pulmões menos vulneráveis a infecções.
Vitamina C. Presente em frutas como acerola, laranja, limão e kiwi. Ameniza a inflamação e estabiliza a liberação de histamina - substância vasodilatadora responsável pelas crises de asma.
Vitamina D. Presente em alimentos como gema de ovo, fígado, manteiga e alguns tipos de peixe, como cavala, salmão e arenque. Sua falta pode contribuir para o aumento da massa muscular nos brônquios, aumentando as contrações e tornando a respiração mais difícil.
Vitamina E. Presente em alimentos como gérmen de trigo, óleos vegetais, gema de ovo e vegetais folhosos. É um antioxidante que ajuda nos processos inflamatórios desencadeados pela crise de asma.
Magnésio . Encontrado nas oleaginosas, leguminosas, cereais integrais, frutos do mar, vegetais e folhas verde-escuras. Facilita a broncodilatação, melhorando o quadro respiratório e as funções pulmonares. Ajuda a aliviar o broncoespasmo, promovendo o relaxamento muscular.
Selênio. Encontrado em cereais integrais e nas oleaginosas, como nozes, castanhas, pistaches e amêndoas. Contribui para eliminar os radicais livres que foram produzidos pelo processo inflamatório da crise de asma, evitando quedas bruscas na imunidade.
Ômega 3. Tem como fonte os peixes de água fria, canola, linhaça e gérmen de trigo. Inibe a produção de prostaglandinas - substância bronco-constritora, associada a alergias respiratórias. Por conta disso, combate as inflamações e melhora a função respiratória.