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Adaptação

Alimentação dos bebês deve ser introduzida aos poucos

Redação Bonde
06 out 2010 às 09:04

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A alimentação dos bebês merece cuidados especiais, pois seus efeitos configurarão no desenvolvimento ao longo de toda a vida - Reprodução
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Quando o assunto é alimentação infantil o aleitamento materno é recomendado por todos os órgãos de saúde do mundo, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), e não é por acaso. O leite materno tem todos os nutrientes necessários ao bom desenvolvimento da criança, sendo ainda a forma mais fácil e econômica de alimentação do bebê.

Diversas pesquisas indicam que a mortalidade infantil está relacionada com a passagem precoce do aleitamento materno para a introdução dos chamados alimentos complementares, sobretudo em países em desenvolvimento, como o Brasil. Segundo o pediatra titulado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, Sylvio Renan Monteiro de Barros, pesquisadores descobriram que os alimentos complementares reduzem a absorção de nutrientes próprios do leite materno, como o zinco e o ferro. E por isso é recomendado que a introdução de outros alimentos deve ser adiada, pelo menos até o sétimo mês de vida.

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Existem casos, porém, em que a mãe não pode amamentar seu bebê e nestas situações, é indicada a introdução gradativa de novos alimentos, como suco de frutas (laranja-lima ou seleta, cenoura, tomate, entre outros) e papas de frutas (banana-maçã, maçã, pêra, abacate ou mamão). As sopas serão introduzidas após a criança acostumar com outros alimentos líquidos e sólidos - com a adoção da sopa, ela experimentará as comidas salgadas.

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"A partir do sétimo mês as mães podem oferecer peixe moído, como cação, filé de pescada, e também cereais - arroz, macarrão, ervilha. Depois do 8º e 9º meses, já podem introduzir a carne, o frango desfiado e o fígado. Mas tem que ter cuidado para que a criança não engasgue", explica o pediatra.

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A quantidade dos alimentos que serão adicionados na alimentação – não importa a fase – deve ter um critério bem avaliado. Também é importante que as mães estabeleçam uma rotina com alimentos saudáveis. Desta forma, poderão proporcionar bons nutrientes e disciplina aos seus filhos.


Outro aspecto importante na educação alimentar do filho é que esta é influenciada pelos hábitos alimentares dos próprios pais. Assim, para estimulá-lo a uma alimentação saudável, equilibrada e com rotina, o exemplo tem de partir dos pais. O reflexo deste bom hábito irá se refletir no desenvolvimento da criança, garantindo muito mais qualidade de vida e saúde em todas as fases seguintes de sua vida.

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Outro lado


Se a falta de uma alimentação adequada é um problema – caso da desnutrição e, pior ainda, da mortalidade infantil -, os excessos também devem ser evitados.

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Recentemente, uma pesquisa da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, identificou que bebês com sobrepeso podem ter atraso em seu desenvolvimento motor, como nas habilidades de rolar, engatinhar e sentar.


A avaliação foi feita com 215 bebês em diversos momentos até os 18 meses de idade. Na observação dos pesquisadores, 20% daqueles que estavam acima do peso tiveram esse atraso indicado em testes de 14 a 21 habilidades, e 23% dos bebês que estavam com níveis acima da média de gordura na barriga, no braço e na parte de cima das costas também apresentaram problemas no desenvolvimento motor.


"A pesquisa não é conclusiva, mas pode indicar caminhos. Sobretudo em relação à alimentação. A indicação é sempre evitar alimentos com muitas calorias e que tenham pouca quantidade de nutrientes - refrigerantes, doces em geral, por exemplo", avalia Sylvio Monteiro de Barros.

O pediatra indica ainda que a boa alimentação deve incluir verduras, legumes, hortaliças e frutas, pois estes alimentos são riquíssimos em nutrientes, necessários para o bom desenvolvimento em todas as fases de qualquer criança. "Claro que um boa qualidade de vida e uma alimentação saudável são primordiais para os bebês, assim como em toda a infância. Isto irá refletir em diversos aspectos da vida do seu filho, de agora até o futuro", completa.


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