As pirâmides alimentícias separam os cereais, os lácteos e os açúcares como grupos nutricionais distintos (que em geral são), mas a nível bioquímico não são tão diferentes. Todos pertencem ao grupo dos carboidratos. Ainda quando se fala de dieta pobre em gordura, o primeiro que pensamos é diminuir o consumo de pão, massa e arroz.
Os carboidratos bioquimicamente são compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio, essenciais para nossa vida. É importante saber que estes compostos bioquímicos (carboidratos) são rompidos em pedaços pelo nosso metabolismo assim que digeridos, obtendo o carboidrato mais simples, conhecido como glicose.
A glicose é responsável por alimentar todas as células do nosso corpo, fornecendo energia para que todos os órgãos funcionem de maneira adequada. De fato, se existe menos de 70 mg/dL de glicose no sangue, nos sentimos débeis, mareados, suamos, sofremos confusão mental; e se chegamos a menos de 50 mg/dL, podemos desmaiar e nossa vida corre perigo. Por isso, a intenção do corpo é sempre ter disponível no sangue suficiente glicose.
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Muitos conhecem a glicose como o açúcar do sangue, que não seria o mesmo que o açúcar de mesa, nem o açúcar do leite e muito menos o açúcar que nosso corpo converte ao comer pão. As diferenças são as seguintes:
- Açúcar do sangue, glicose: a usamos tal como é.
Naturalmente a encontramos nas frutas, batata-doce e cebola
Artificialmente existem tabletes de glicose para os diabéticos e/ou resistentes a insulina, suplementos para esportistas e soluções intravenosas.
Necessitamos mínimo 70mg/dL para estar bem, não mais de 100 mg/dL em jejum ou 126mg/dL depois de comer (se é mais, então se diagnostica diabetes mellitus).
- Açúcar de mesa, sacarose: é necessário transformar-se em glicose, para que nos seja útil.
Vem da cana de açúcar
- Açúcar do leite, galactose: necessita transformar-se em lactose e depois glicose
Encontramos nos produtos lácteos.
- Pão que se converte em açúcar, amido: passa pela maltose e logo a glicose
Encontramos nos grãos de cereais
Os grãos devem estar cozidos para que nosso corpo consiga metabolizar.
Não precisa surpreender-se ao escutar que o pão faz mal por transformar-se "em açúcar" ou confiar que o leite é bom porque te da energia ou deixar de comer açúcar de mesa porque engorda. Todos os carboidratos simples, compostos e complexos terminam como glicose, como "açúcar no sangue". Independente do alimento que se consome (iogurte, pão, arroz ou pasta) cada um se converte em uma determinada quantidade de glicose, portanto não elimine estes componentes da sua dieta.