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Saiba o que são pré-eclâmpsia e síndrome de Hellp, que afetaram cantora Lexa

Rafael Cardoso - Agência Brasil
11 fev 2025 às 11:35

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- Divulgação
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A cantora Lexa anunciou na segunda-feira (10), nas redes sociais, a morte da filha recém-nascida, Sofia, três dias após o parto. Ela relatou que teve pré-eclâmpsia com síndrome de Hellp, o que ocasionou o nascimento prematuro da bebê. 


A reportagem da Agência Brasil conversou com a médica ginecologista e obstetra Joeline Cerqueira, com área de atuação em Reprodução Humana, para explicar o significado desses termos.

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A pré-eclâmpsia é uma doença obstétrica que costuma ocorrer depois da 20ª semana de gravidez e provoca a hipertensão arterial da gestante.

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“A placenta é o órgão que vai nutrir o feto. Quando ela está se implantando no útero, os vasos do útero se abrem e aumenta a corrente de sangue que vai nutrir adequadamente o feto. E o que ocorre na placenta da mulher com pré-eclâmpsia? Esses vasos não conseguem mudar a conformação deles para se tornarem mais flexíveis e elásticos. E o sangue não flui adequadamente para a placenta e para o feto”, explica.

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A sobrecarga da circulação ocasiona a hipertensão arterial, igual ou acima de 140/90 mmHg (14 por 9), e há perda de proteína na urina, a proteinúria. A pré-eclâmpsia deve ser tratada para não colocar as vidas da mãe e do feto em risco. Entre os agravamentos possíveis estão a eclâmpsia e a síndrome de Hellp.


A eclâmpsia se dá com a ocorrência de convulsões generalizadas ou coma em gestantes. 

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Já a síndrome Hellp é outro tipo de complicação que provoca hemólise (fragmentação das células vermelhas do sangue na circulação), níveis elevados de enzimas hepáticas e diminuição do número de plaquetas. A combinação mostra que alguns órgãos podem estar entrando em falência, como os rins e o fígado.


Apesar de não ser comum, ainda há a pré-eclâmpsia ou eclâmpsia pós-parto, que ocorre na fase do puerpério em até 72 horas depois do parto. A complicação é responsável pela hipertensão arterial e crises convulsivas no período.

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Causas e fatores de risco


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A obstetra detalha que, até hoje, a pré-eclâmpsia não tem uma causa específica identificada. Há teorias, dentre as quais ela destaca a má implantação da placenta no processo da gestação.


No entanto, os principais fatores de risco são conhecidos: primeira gestação da mulher; gravidez antes dos 18 e depois dos 40 anos; pressão alta crônica; diabetes; lúpus; obesidade; pessoas da família com essas doenças; gestação de gêmeos.

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Prevenção e redução de riscos


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O pré-natal, com acompanhamento médico da gravidez e da pressão arterial, é a melhor maneira de prevenir a pré-eclâmpsia e demais complicações.


“Existem medicações já testadas que diminuem consideravelmente as probabilidades de pré-eclâmpsia para as pacientes de risco. Uma delas é o cálcio. Outra é o AAS infantil. Elas usam essa aspirina em dose baixa de 100 mg a partir de 12 até 16 semanas de gestação”, diz Cerqueira. “É imprescindível o médico começar nesse período. Porque como é uma doença que se instala pela placenta, depois de 16 semanas a placenta já está toda formada. Então, não adianta começar uma profilaxia muito tarde”.


Sintomas


A pré-eclâmpsia pode ser assintomática. Entretanto, existem sinais comuns, como: dor de cabeça forte que não passa com remédios; inchaço no rosto e nas mãos; ganho de peso em uma semana; dificuldade para respirar; náusea ou vômito após os primeiros três meses de gestação; perda ou alterações da visão; e dor no abdômen do lado direito.


Os sintomas da eclâmpsia podem ser dores de cabeça, de estômago e perturbações visuais antes da convulsão; sangramento vaginal; e coma.


Tratamento


O principal objetivo do tratamento para o quadro de pré-eclâmpsia é o controle da pressão arterial. Podem ser usados hipotensores, medicações orais e injetáveis, para conseguir manter a pressão arterial abaixo de 14 por 9.


Também podem ser indicados: alimentação com baixo consumo de sal e de açúcar; repouso; aumento da ingestão de água; fazer acompanhamento pré-natal mais rigoroso.


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