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Super Bowl tem duelo entre quase novato e quarterback que esperou 13 anos pela final

Folhapress
13 fev 2022 às 15:16
- Reprodução/Facebook
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Há pouco mais de um ano, Matthew Stafford, primeira escolha do draft de 2009, decidiu dar um basta. Cansado de uma das equipes mais disfuncionais da NFL (National Football League), a liga profissional de futebol americano, ele pediu para ser trocado. Desejava um novo começo.


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Ao mesmo tempo, Joe Burrow, primeira escolha do draft de 2020, recuperava-se de rompimento dos ligamentos do joelho. Ele havia sofrido lesão em sua temporada de estreia depois de ser contratado para tentar salvar outro time com história de muito mais derrotas do que vitórias.

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Os dois quarterbacks vão se enfrentar neste domingo (13), às 20h30, no Super Bowl, a final da NFL. A partida terá transmissão pela ESPN, na TV fechada, e pela RedeTV!, na aberta.

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Burrow, 25, tentará fazer a zebra Cincinnati Bengals ser campeã. Stafford, 34, é o favorito para o título com o Los Angeles Rams, que vai atuar em casa. O SoFi Stadium foi inaugurado em setembro de 2020 ao custo estimado de US$ 6 bilhões (R$ 31,5 bilhões).


Como às vezes ocorre nos esportes americanos, os Rams trocaram de sede em múltiplas ocasiões. Começaram em Cleveland e estão em Los Angeles pela segunda vez. Voltaram à cidade em 2016. Também passaram por St. Louis. Têm três títulos da NFL, mas apenas um deles conquistado na era do Super Bowl, iniciada na temporada de 1966. Foi em 1999, quando o time estava em St. Louis.

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Já o Cincinnati Bengals jamais foi campeão. Entrar em campo neste domingo iguala suas melhores campanhas. Em 1981 e 1988 também chegou ao Super Bowl, mas perdeu em ambas as partidas para o San Francisco 49ers.


No sistema de recrutamento usado na NFL, os piores times de cada temporada têm o direito de selecionar primeiro os atletas que saem da universidade. Essas escolhas geralmente são de jogadores que atuam como quarterbacks, os lançadores, a posição mais importante do esporte. E, quando o último colocado escolhe antes, o eleito chega como salvador.

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Foi assim com Stafford. Ele deveria mudar a história do Detroit Lions, uma equipe sem títulos que continuou assim nos 12 anos da permanência do quarterback. Três vezes eles foram aos playoffs e perderam no primeiro jogo. Quando saiu para o Rams, ele já tinha o recorde de passes em jardas (37.936) e para touchdowns (234) na trajetória da franquia.


Era pouco. Desiludido, ele confessou precisar de um novo começo para conseguir ir atrás do sonho: vencer a partida mais importante de todas: o Super Bowl. Por acreditar no potencial de Stafford, os Rams deram o seu quarterback (Jared Goff) e escolhas de calouros futuros para os Lions.

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Em Los Angeles, Stafford encontrou uma arma poderosa. Seu alvo preferencial para lançamentos é o recebedor Cooper Kupp, um dos melhores da NFL. Passou a ter também, no meio da temporada, a presença de Odel Beckham Jr., um wide receiver talentoso, acrobático e temperamental. Alguém que depois de ser trocado pelo New York Giants e fracassado no Cleveland Browns, tinha tanto a provar quanto o seu quarterback.


Por causa dos investimentos e por ser uma equipe de Los Angeles, um dos grandes mercados americanos, os Rams já tinham expectativa de sucesso. A surpresa foi o Cincinnati Bengals. O time fez o divisional e o championship (espécie de semifinal e final de sua conferência) fora de casa, contra adversários muito mais cotados a avançar.

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Derrotou o Tennessee Titans (a melhor campanha da AFC) e o Kansas City Chiefs, do astro Patrick Mahomes. Sempre longe de seus domínios. Sempre vencendo por três pontos de diferença.


Burrow também chegou como alguém que poderia mudar o futuro da franquia e, depois de se recuperar da lesão do joelho, teve de se adaptar logo a outra situação: o desempenho da sua linha ofensiva, os jogadores que o deveriam proteger e lhe dar tempo para lançar. Recebeu 51 sacks (quando a defesa rival o derruba com a bola) na temporada, o maior número da liga.

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Ele disse estar tão focado que abandonou as redes sociais nos dias anteriores ao Super Bowl.


"Trabalhe em silêncio. Não mostre para ninguém o que está fazendo. Deixe que sua performance mostre o trabalho duro que você tem feito. Não se preocupe com esse negócio de redes sociais", disse.


Burrow sabe que está muito perto de um momento com que a maioria dos jogadores da NFL apenas sonha: vencer o Super Bowl. E pode conseguir isso em apenas sua segunda temporada. Stafford esperou 13 para estar nesta final. Mas ele acredita que a paciência em Detroit lhe rendeu dividendos em Los Angeles.
"Se dissesse que não somos produtos de nossas experiências ou que não aprendemos com o passado, estaria mentindo", declarou.


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