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'Divas': beach tennis proporciona a mulheres 60+ de Londrina novas experiências

16 nov 2025 às 14:08

“Não é terapia, mas é terapêutico”. É assim que cerca de 20 mulheres se aproximando (ou já dentro da) terceira idade se sentem ao trajar seu uniforme e pisar na areia para jogar beach tennis no Veronica Beach Club, na zona sul de Londrina. A grande maioria está aposentada, com os filhos longe de casa, e encontraram uma segunda família que incentiva a atividade física e a camaradagem.


O grupo “Divas” existe há dois anos, com a maior parte das integrantes na faixa dos 60 anos de idade - a mais nova tem 56 e a mais velha, 73. Além do esporte que mistura o tênis, vôlei de praia e badminton, as companheiras se reúnem para jogar baralho, promovem confraternizações e planejam uma programação futura de artesanato e bingo.


Uma das pioneiras do grupo, Dirce Fujisawa tem 61 anos e é professora universitária aposentada. Ela sempre prezou pela saúde e praticou esportes, mas tinha receio de “não dar conta” quando iniciou a jornada na areia, por ser “descoordenada e baixinha”. Hoje, vai pelo menos quatro vezes por semana ao clube para jogar e encontrar as amigas.


“É um grupo super importante na minha vida, fizemos uma amizade que não fica só aqui. Temos uma rede de apoio, às vezes uma precisa de uma coisa, a outra vem e ajuda, eu estava sentada ali com dor, a Satoe veio e já fez uma massagem em mim”, contou rindo.


A companhia virou rotina, sendo que quando alguém está machucada e não consegue jogar, frequenta o espaço mesmo assim só para assistir. A mulher ainda traçou uma comparação: o beach tennis é para as mulheres o que o futebol entre amigos é para os homens.


Encontro de gerações


A amiga “massagista” de Dirce é Satoe Fujii, a mais experiente do grupo, com 73 anos. Ela é aposentada, mas atua como esteticista, e trocou o tênis pelo beach tennis por ser mais prazeroso. “O pessoal tem uma energia tão boa, eu geralmente jogo cinco vezes na semana, mais ou menos de uma a duas horas direto. Participo bastante de torneio também, só nunca ganho muito”, brincou.


Os últimos torneios que as Divas participaram foram o Entre Amigas e Outubro Rosa, com as duplas decididas por sorteio. Fujji considerou que as competições ensinam a ter foco, determinação e a lidar com a frustração, funcionando como um “antiestresse”.


Contando que a bagagem das sete décadas vividas não é um empecilho para o esporte, disse que é comum jogar com quem tem a idade de seus netos, “adorando ficar com a turma”.


Leia a reportagem completa na Folha de Londrina:

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