Em uma batedeira doméstica, no Laboratório de Tecnologias e Processos Sustentáveis da Unila (Universidade Federal da Integração Latina-Americana), Luisa Parra Sierra mistura resíduos da destilação de vinho, azeite e ácido esteárico (obtido da palma), que com técnica, tempo e paciência irá se transformar em um sabão multiuso. O produto é objeto de pesquisa de Sierra, bolsista-técnica de nível superior da Fundação Araucária, que atua no Lateps.
Os materiais utilizados na pesquisa foram doados pela Receita Federal, totalizando 300 litros de vinho e 50 litros de azeite. O resíduo de vinho – ou vinhaça – utilizado na fabricação do sabão é “aproveitamento do aproveitamento”. Ele é resultado da destilação do vinho para obtenção de etanol, que depois é diluído e transformado em álcool para limpeza e desinfecção de laboratórios na Unila.
ÁLCOOL DURANTE A PANDEMIA
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A atividade de destilação teve início na pandemia de covid-19, quando as bebidas doadas foram transformadas em álcool glicerinado para, naquele momento, ser distribuído às unidades de saúde do município. A planta de destilação, como é chamado o conjunto de equipamentos, ficou parada por um tempo, mas a produção está sendo retomada.
O projeto foi iniciado em janeiro, com testes e provas de qualidade, e a produção em escala começou em maio. Até o momento, Sierra fabricou 350 unidades de sabão. Parte dessa produção será destinada à Receita e outra a unidades da Unila. A intenção, porém, é que a maior parte do material possa ser doada a pessoas com dificuldades financeiras para a obtenção de produtos de limpeza.
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