O que é a menopausa?
A menopausa é o marco da última menstruação da vida da mulher, que é seguida de pelo menos 12 meses sem ter nenhum outro sangramento. Já o climatério é o que vem antes e depois desse período. "É uma fase da vida da mulher que pode ir dos 40 aos 65 anos", indica José Maria. "Esse período é dividido entre a transição para a menopausa e a pós-menopausa."
É nessa fase que aparecem os sintomas mais comuns relacionados ao que chamamos de menopausa: ondas de calor, sudorese, irritabilidade, alterações no sono, distúrbios de humor, disfunções de assoalho pélvico e de saúde sexual.
Existe também a possibilidade de a menopausa ocorrer antes ou depois do esperado. "Entre os 40 e 55 anos, chamamos de menopausa oportuna. Entre os 40 e os 45 é uma menopausa precoce e a tardia acontece após os 56 anos", explica Isabel. Isso pode acontecer por diversas causas, mas José Maria aponta que, na maior parte das mulheres que têm a menopausa precoce, não se sabe o motivo.
"Existe também o fator genético, em grande parte das mulheres a mãe também teve [menopausa precoce]. Tem também causas genéticas cromossômicas como a Síndrome de Turner, a ocorrência de doenças infecciosas, como a caxumba, doenças reumatológicas, insuficiência ovariana temporária ou à cirurgia de retirada dos ovários. Mas a maior parte é idiopática, que não se sabe a causa", afirma o médico.
Como lidar com a menopausa?
Ambos os especialistas advertem que assim que começarem os sintomas, principalmente se há casos familiares de entrada precoce no climatério, um médico deverá ser consultado para o diagnóstico clínico e tratamento adequado.
O tratamento mais comum após a menopausa é a reposição hormonal. Para Isabel, essa terapia traz benefícios como "alívio dos sintomas, redução das disfunções urogenitais, melhora da qualidade da massa óssea e muscular. E outros benefícios relacionados também a humor e cognição".
Além da importância do tratamento medicamentoso, ela afirma que a mudança de hábitos e a promoção da saúde é fundamental para a manutenção da qualidade de vida da mulher. "A redução de 30% de consumo de alimentos processados e ultraprocessados diariamente, optando por alimentos in natura ou caseiros. Realização de 150 a 300 minutos de atividade física por semana", recomenda.
Com as alterações hormonais, é importante também olhar para a saúde mental e socialização durante o período do climatério. Optar por realizar as atividades físicas ao ar livre e de maneira coletiva podem auxiliar no sentimento de solidão e melancolia, além de buscar uma rede de apoio.
"O estilo de vida vai determinar se você vai ter uma vida saudável. A terapia hormonal é uma parte, mas quem determina a própria vida e a própria saúde é a paciente", enfatiza José Maria. "Essa é uma fase da vida que te prepara para o envelhecimento."
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