Uma equipe brasileira de médicos, veterinários, designer e cirurgiões dentistas entra para o Livro dos Recordes por conseguir restaurar um casco de uma jabota, a fêmea do jabuti, em um mês. O animal havia sofrido as consequências de um incêndio.
Segundo a CNN Brasil, o designer Cícero Moraes afirmou que foi muito desafiadora essa reconstrução e que a equipe precisou utilizar de uma técnica conhecida como fotogrametria, bastante usada por arqueólogos e adaptada para reconstruir crânios e cenas de crimes.
A jabota batizada de Freddie estava sem 85% de sua carapaça, mas posteriormente perdeu os outros 15%. Ela sofreu com fogo que atingiu uma área do Cerrado de Brasília e foi encontrada por um casal na estrada que prontamente a levou aos especialistas.
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Não bastasse toda a dificuldade inicial de partir do zero até a reconstrução, o corpo do animal estava sendo comido por lavas e também estava com uma pneumonia que a fez ficar sem comer por 45 dias.
A construção da prótese foi feita com base em fotos de um outro jabuti de um colega. Toda a estrutura foi refeita para que se adequasse perfeitamente ao animal para a impressão 3D.
"Na medição, a gente nunca tinha feito isso e não podíamos errar", disse o designer Cícero Moraes.
As peças maiores levaram 50 horas para serem impressas cada uma e as menores entre 28 e 35 horas. Não foi necessário parafusar.
Ao sair da anestesia, já com o casco, a jabota se encolheu e colocou a cabeça para dentro da prótese. E foi nesse momento que a equipe viu que tudo tinha dado certo. Um outro colega se prontificou a pintar o casco para dar contornos mais reais a ele.
Freddie agora vive em uma chácara com outros animais silvestres, em Brasília.