Nada mais natural do que a preocupação com a preservação ambiental tornar-se parte da evolução tecnológica. A "computação verde". Equipamentos mais econômicos, com componentes biodegradáveis, melhores e mais eficientes projetos de estruturas fazem parte desse "novo" conceito.
Nem tão novo assim, afinal não é de hoje que os conservacionistas apontam os efeitos de nossa intervenção no planeta. Pessoas demais, espaço restrito. Nossa demanda por recursos parece não ter fim e a discussão já não é mais sobre a sobrevivência do planeta, mas de nossa própria. Por vezes, esquecemos o quanto somos dependentes desses recursos.
Toda nossa estrutura sócio-econômica foi erigida sobre um cenário artificial, criado através dos avanços tecnológicos, facilitando, possibilitando, alterando... Infelizmente a natureza pagou muito caro nesse processo. Não conseguimos mensurar ainda como nossas ações verdadeiramente afetam o meio ambiente.
A internet, que revolucionou de forma incrível todo cenário existente, trouxe um universo de possibilidades, que exploramos com vontade, numa velocidade assustadora. Depositamos todo nosso conhecimento no mundo eletrônico, num caminho sem volta e numa estrutura complexa extremamente frágil e completamente dependente de um sistema natural que é ainda mais vulnerável. A Teoria do Caos trata desse emaranhado de relacionamentos onde toda ação causa uma imprevisível conseqüência ao sistema todo.
Nossa dependência de fontes de energia (por exemplo) nunca foi tão acentuada, a rede precisa funcionar (e bem!) de maneira ininterrupta, nenhum problema pode ocorrer. Um "crash" na rede geraria uma situação totalmente caótica: como nossa sociedade conseguiria sobreviver sem a tecnologia a que estamos habituados?
Preocuparmo-nos então, em preservar o ambiente, mais que "uma tendência" ou modismo, significa assegurar que os recursos necessários continuem disponíveis, tanto para funcionamento de nossa sociedade, como para continuarmos avançando em nossa tecnologia. Não apenas preservar o meio ambiente, mas empreender um esforço verdadeiro para ampliar as áreas que foram destruídas.
A evolução não precisa ser destrutiva. Respeitar o planeta é respeitar a nós mesmos.