A evolução tecnológica constante e acelerada, muitas vezes nos faz questionar sobre os upgrades, se realmente vale a pena manter-nos atualizados em sintonia com as últimas tendências. Hoje, ainda, existem usuários do Windows XP que se recusam a realizar a atualização. Teimosia? Também, mas existe um longo caminho nessa decisão, passando por custos de aquisição, atualizações complementares necessárias (quando migrar o Sistema Operacional nos obriga a migrar o hardware), capacitação dos usuários e o custo da tecnologia.
Me lembro ainda quando não encontrava nenhum filme nas vídeo-locadoras para assistir em meu (naquele momento) novíssimo dvd-player... que ganhei, claro, porque não tinha a menor condição financeira de pagar pela novidade tecnológica.
No cenário corporativo, a atualização sem uma criteriosa análise CustoxBenefício é um daqueles pecados que não podemos de forma alguma cometer. Nos dias atuais, com a informação tão disponível, é mais que uma obrigação fazer um estudo minucioso e estabelecer metas, objetivos a serem atingidos com uma atualização, mantendo a empresa competitiva ou vislumbrando aumento em sua abrangência mercadológica, superação da concorrência.
No entanto, fora da empresa, podemos nos dar ao luxo de, eventualmente nos presentear com uma novidade. :-)
Como tantos, "abandonei" meu desktop, tendo como principal ferramenta de trabalho um notebook, com uma configuração interessante, não top, mas bastante robusta - intel i5, 8Gb RAM, HDD 1Tb 5400 rpm, radeon dedicada 1Gb, wi-fi 150Mbps – que tem me atendido de maneira muito satisfatória, menos o HDD.
É um dos principais componentes dos computadores, e o que menos evoluiu ao longo do tempo. Claro, a redução do tamanho (volume) foi impressionante. Eu mesmo tenho um disco de 500Mb que pesa uns 20 quilos (!!!). No entanto, o "jeitão" deles não mudou muito, contanto ainda com um disco de metal, coberto com micropartículas magneticamente ativadas por um leitor, num braço de acionamento mecânico, que naturalmente faz dele o componente mais lento do sistema, por mais atual que seja.
De repente, a demora em diversos momentos começou a atrapalhar o dia-a-dia de verdade. Mesmo sabendo das limitações do disco rígido, fazendo jus a uma vida de TI, iniciei um "estudo" para ter certeza do que estava acontecendo. Na realidade, não sabia como resolver, porque trocar o disco não resolveria nada e o SSD que surgia como uma verdadeira evolução do HDD ainda estava na fase de "caro demais" para minha realidade financeira.
Restou então, tentar fazer algo com o Windows, que está em seu momento de maior estabilidade e robustez, e nos presenteou com uma série de tarefas pré-agendadas como default do sistema, tarefas que exigem intensa atividade, não de processamento e memória, mas justamente do disco rígido. Mesmo tirando toda "gordura", cancelando serviços e processos automáticos, o computador acostumou a testar a paciência, que apesar de obter resultados positivos minimizando a exigência do recurso, o conjunto mostrava-se bem aquém da necessidade.
Depois de um bom tempo, consegui realizar o tão sonhado upgrade e instalei um SSD de 250Gb em meu notebook.
Realmente vale a pena. A instalação do Windows de 40-45 min, foi realizada em menos de 10 min. A utilização em tarefas cotidianas é absurdamente mais rápida.
Essa diferença toda é porque o drive SSD (não disco SSD) é uma verdadeira evolução (ou revolução) da tecnologia de armazenamento, onde foram eliminadas todas as partes móveis, tornando o processo de comunicação entre componentes (processador, memória e disco) muito, muito mais eficiente, não importando o tamanho do drive, quantidade de arquivos ou qualquer um dos fatores que influenciam no desempenho do HDD.
Já estão sendo produzidas placas-mãe com SSD integrado e até em PCI-e, que é muito mais rápido que o formato SATA de conexão, utilizado pela maioria dos dispositivos, porque a idéia era ocupar o lugar do HDD, mas vejo que num período não muito longo, vão eliminar nosso tão antigo e conhecido disco rígido.
Pense!
Pense realmente em realizar esse upgrade. Vale muito a pena.