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Qualidade de sistemas

24 jun 2012 às 16:29
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A década de 1990, o termo "reengenharia" foi dito, falado e comentado a exaustão. Era o modismo da qualidade, uma onda na qual praticamente todas as empresas e a "campanha" se mostrou um grande problema. A reengenharia chegou ao Brasil como sinônimo de demissão, redução de quadro – redução de despesa (???) – realizado sem critério, a revelia, e de repente o que parecia um sonho corporativo transformou-se num pesadelo gigantesco.

Aqueles funcionários inicialmente cortados sem nenhuma avaliação administrativa adequada da real necessidade mostrou-se um problema muito maior num período nem tão longo. O modismo da reengenharia serviu apenas para que as empresas demitissem sem culpa, afinal, podiam culpar os autores e aqueles que se vendem a qualquer onda que lhes pareça mais bonita que a anterior.

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O caminho administrativo fica completamente caótico e a empresa sofre bastante. A máxima de que os recursos humanos são o bem mais precioso da companhia, não é apenas para agradar aos olhos de quem a lê, mas deve realmente ser seguida como uma lei máxima, afinal, a empresa existe pelas pessoas e é movida por pessoas.
O trabalho da gestão é determinar rumos e caminhos, mostrar o que se busca e onde se deseja chegar. Uma equipe verdadeiramente capaz consegue se ordenar e realizar os processos necessários a vida da empresa de maneira muito mais eficiente do que ser simplesmente uma massa executora.

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Não! não somos insetos sociais. Somos indivíduos e necessitamos de nossa individualidade. Essa necessidade não sobrepõe os anseios da corporação, pois como discutimos em artigos anteriores, o conhecimento por si só é mais que suficiente para a realização das tarefas, sem a necessidade de ordens expressas ou a perda da individualidade.

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Esse preâmbulo foi necessário para que consigamos entender que a empresa não é tecnológica, não é isso que determina seu sucesso, são as pessoas que a compõe, as pessoas que executam seus diversos sistemas, sistemas que definem a empresa como organismo produtivo, necessitando de um perfeito funcionamento individual para que o conjunto seja realmente bem sucedido.


O sistema que compõe a empresa não tem sua qualidade medida através de indicadores matemáticos. Pessoas não são lógicas, longe, bem longe disso. O termo "depende" é tão emblemático que somente a teoria de Lorenz se aproxima de um modelo matemático que talvez represente a complexidade que realmente trás consigo uma expressão tão comum num modelo onde todos são indivíduos tão singulares e únicos que o conjunto parece apenas uma utopia, dada a complexidade dessa convivência.

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Na empresa, a valorização da individualidade consiste nada mais que a exigência de que realmente aconteça, o conjunto de diversidade de idéias, visões e entendimentos é que realmente vale ouro para as corporações. Quanto maior é a valorização do conhecimento individual, mais eficiente se torna a empresa como organismo, conseguindo atender de forma muito mais eficiente o anseio de seus clientes e reagir de forma muito adequada às mudanças de mercado, tão intensas e rápidas como a tecnologia que nos cerca.


Os sistemas então, sistemas administrativos, operacionais, as atividades que a empresa realiza todos os dias, podendo ou não ser auxiliados por tecnologia, afinal, a tecnologia não determina a qualidade dos sistemas. Ajuda, acelera, facilita, mas a qualidade dos sistemas é diretamente proporcional a qualidade do conhecimento daqueles que os desenham, executam, avaliam e recriam.


Gerir o conhecimento, mais que um modismo, é o diferencial entre sistemas realmente adequados, ágeis, rápidos... de qualidade. Valorizar a individualidade e somar os valores de cada integrante no contexto corporativo, nunca esteve tão na moda.

Pense!


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