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O conhecimento como diferencial estratégico

08 out 2009 às 17:33
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Uma das máximas da filosofia burguesa do século XIX, diz que CONHECIMENTO É PODER. Essa frase permite diversas avaliações, e sob o ponto de vista da administração, poderíamos dizer que CONHECIMENTO É SUCESSO. Sucesso da empresa, sucesso do profissional, sucesso do projeto, sucesso do trabalho, sucesso... Conhecimento na sua essência mais pura de aplicação: conhecimento para gerar mais conhecimento, para alimentar um sistema dinâmico e mutável, livre das amarras do controle cartesiano da época Taylorista, simbolizando o perfil da empresa e do administrador do Séc XXI.
A qualidade dos sistemas gerenciais, principalmente aqueles baseados na tecnologia ERP, evoluiu de maneira extremamente satisfatória, trazendo informações muito mais confiáveis. Essa confiabilidade, associada às inúmeras possibilidades da internet e da evolução tecnológica (celulares, pagers, handhelds, palmtops), garantiram uma agilidade nunca antes testemunhada no fluxo de informações. O mundo nunca foi tão "on-line".
Essas mudanças no cenário organizacional trazem consigo a exigência de uma nova concepção administrativa, uma nova empresa, inteligente, flexível e mutável, não agindo sob regras rígidas e tentando controlar cenários, mas reagindo e interagindo na medida em que as mudanças acontecem. Essa empresa é aquela regida pela gestão do conhecimento, onde as informações devem ser convertidas e agregadas ao capital intangível da corporação.
Para compreender o que isso significa, devemos entender a informação como o ponto de partida para o estabelecimento de objetivos/metas estratégicas, com extrapolações a partir de um conjunto de informações, oriundas de uma ou mais fontes, de mídias diversas, com formatos e enfoques diferentes. A análise dos cenários, saber como o ambiente se comporta e como ele afeta os componentes da empresa são ações necessárias para a gestão do conhecimento.
Algumas corporações eliminaram seu organograma. Seus clientes e fornecedores são parte do processo tanto quanto seus colaboradores, a empresa inteligente vai além da visão clássica, criando uma análise muito mais complexa (e completa), indo muito além dos relatórios, além dos sistemas de informação, gerando conhecimento e planejamentos mais ágeis e eficientes.
A mudança de concepção exigirá um profissional diferente, mais que um simples "cargo", com conhecimento sistêmico e holístico, que consiga olhar além das fronteiras da empresa, identificando ameaças e oportunidades, e aplicando mudanças ao planejamento sempre que necessárias ou convenientes. A empresa então não é mais um sistema cartesiano, mas um sistema adaptativo complexo, um sistema que aprende com a realimentação (informação convertida em conhecimento) e incorpora o aprendizado na estrutura, como se ele estivesse ali desde o princípio do plano, não como uma novidade.
Essa empresa "inteligente", consegue o sucesso através de situações anteriormente consideradas caóticas, mas o pleno aproveitamento do conhecimento e seu reconhecimento como o maior ativo da corporação, não é apenas uma moda, mas é um cenário que se inicia e revolucionará a maneira de administrar.
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