Em um dos muitos bons momentos em sala de aula, investimos algum tempo para debater sobre o conceito de ética e sua aplicação em nosso mercado... como essa presença (ou falta) impacta na sociedade da forma que está estabelecida e na maneira como nós profissionais trabalhamos.
ética, conjuntamente com a moral e as disposições legais, formam nosso grande norteador de conduta, além dos códigos específicos de comportamento para cada profissão. Mais que um simples "termo", a ética é absolutamente indispensável para que a estrutura social consiga permanecer funcional e nossa sociedade continue "estruturada", no modelo frágil que os homens a organizaram.
O comportamento ético esta diretamente relacionado a nossa convivência em grupo, nas ações que temos perante outrem. Ser ético nada mais é do que uma obrigação de ser social, inexorável para a convivência em grupo. Ética não está ligada apenas à honestidade, mas principalmente no conjunto de ações que mantém a sociedade funcionando, através das ações de profissionais de todas as áreas, realizando adequadamente as tarefas que são solicitadas.
Não é a estrutura capitalista que determina essa ação, não é o fato de pagarmos por determinado bem ou serviço que nos da o direito de recebermos atitudes e posturas éticas, mas a corrente de funcionamento da sociedade como um todo.
Exemplos éticos, ações éticas são tão contagiantes quanto as ações duvidosas, aquelas que nos incomodam, que nos prejudicam, direta ou indiretamente. Mais do que o prejuízo individual, acontece um prejuízo coletivo, pois a estrutura social necessita de um comportamento adequado para que não se torne caótica, onde cada indivíduo aja de maneira independente. Viver em sociedade, em grupo, exige que nós abramos mão de uma parte de nossa individualidade.
Ser ético, mais do que um modismo, ou um termo bonito, é um conjunto de atitudes que faz o relacionamento pessoal muito mais produtivo e como conseqüência, que o grupo flua melhor, em todos os seus momentos, seja trabalho ou diversão.
Infelizmente, nos dias de hoje, parece, na verdade, muito mais uma piada do que uma necessidade, apenas mais um dos jargões lançados pelos gurus.
A política é um caldeirão fervilhante de atitudes não éticas, de ações sigilosas (questões de segurança nacional – nada como admirar o efeito de holywood no nosso dia-a-dia), onde sequer podemos identificar onde foram gastos mais de meio milhão de reais pela primeira-dama federal, o que cito apenas como um exemplo, porque nada mais incômodo do que achar que os outros são idiotas a ponto de acreditar nessa explicação. Melhor seria dizer "porque não quero!".
Felizmente, a política é apenas um aspecto de nossa sociedade, que logo será corrigida, não porque somos exemplos de comportamento, mas porque a estrutura exige isso. As empresas aprenderam há muito tempo que a fidelização dá-se através de um conjunto de ações comportamentais, que necessariamente exige ações positivas de todos os envolvidos no processo.
Os profissionais, felizmente com poucas exceções, através de mútuas cobranças, conseguiram atingir um patamar satisfatório do comportamento profissional. Nossos clientes, cada vez mais exigentes e seletivos, nos obrigam a uma constante revisão de nossas ações diárias. O que é extremamente positivo, bem-vindo. Nos mantém competitivos e vivos do ponto de vista mercadológico.
As ações praticadas dentro das corporações são levadas junto com os colaboradores para suas casas e sua própria exigência, quando são consumidores. Esse efeito "cascata" positivo nos proporciona um mercado cada vez mais saudável, longe ainda do ideal, mas muito melhor do que em épocas passadas.
Devemos então praticar a ética, exigi-la dos outros com a mesma intensidade em que somos cobrados, e mais que isso, transformá-la em ações de mudança verdadeira. Debater a ética é imprescindível para o equilíbrio social, no mercado e principalmente em nossa tão desestruturada política.
Faça a diferença, seja ético. Na pior hipótese, não perderá nada.