Após ficar vários dias na corda bamba, o PL (Projeto de Lei) n° 85/2024, que pretendia conceder a Praça da Juventude da Zona Norte de Londrina para a Associação Espaço de Convivência Missio Dei, foi arquivado definitivamente nesta terça-feira (19).
O texto, protocolado em abril pelo Executivo, foi duramente criticado pelo CMELL (Conselho Municipal de Esporte e Lazer de Londrina) e era rejeitado por vários vereadores, que adiantaram à reportagem que articulariam a derrubada se a proposta fosse ao plenário.
Em entrevista exclusiva à FOLHA, o líder do Executivo, vereador Eduardo Tominaga (PP), afirmou que o projeto tinha problemas, como a ausência de um cronograma de execução de atividades e de investimentos. O entendimento para o arquivamento passou pelo diálogo com parlamentares e o conselho.
“Não estamos falando de um imóvel que vai ser cedido para utilização e terá reforma de R$ 300 ou R$ 400 mil. Não que não seja muito dinheiro, mas sabemos que, por exemplo, a reforma da Praça da Juventude da Zona Sul tem investimento de mais de R$ 4 milhões”, disse Tominaga, que pontuou que é necessário respeitar o momento de transição de governo, uma vez que a próxima gestão pode ter projetos para a área sem que seja necessário repassar o espaço para a iniciativa privada.
Segundo o vereador, o poder público tem condições de assumir a reforma e a manutenção do complexo esportivo, por meio do caixa da Prefeitura ou de emendas. “[A manutenção] é o mais importante, porque há muitas vezes uma negligência por parte da administração por vários fatores. Faz o próprio público, entrega para a população, e depois não existe a manutenção”, afirmou Tominaga, que lamenta ainda a ação de vândalos.
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