O primeiro dia com flexibilização no uso de máscaras em Arapongas (Região Metropolitana de Londrina) foi de opiniões divergentes e cenas antagônicas. Na principal avenida comercial da cidade muitas pessoas optaram por já deixar o acessório guardado no bolso ou em casa, enquanto que outras preferiram seguir usando a proteção, que se tornou símbolo da pandemia da Covid-19, que já perdura por praticamente dois anos.
Pensionista do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Valdeci Neves Fermino destacou que tomou as três doses da vacina contra o coronavírus e vê na máscara uma forma a mais de segurança para a saúde dela e da família. "Eu vou continuar usando máscara, pelo menos, mais uns dois, três meses. Tenho 69 anos e não quero pegar essa doença, então, não tenho motivo para correr risco", sustentou. "Mesmo antes de desobrigar a máscara tinha muita gente que já não usava, que estava relaxada", relatou.
A opinião é compartilhada pelo motorista aposentado Gelson Mariano da Silva. Mesmo sentido falta de ar com a máscara, por conta de problemas de saúde, ele considera que o acessório ainda é indispensável, principalmente em locais fechados. "Uso óculos e embaça tudo, mas não deixo de usar a máscara. Sou a favor de manter a obrigatoriedade, até porque a pandemia não acabou e o vírus continua circulando", avaliou.
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Quem pensa diferente acredita que chegou o momento de encarar um "novo normal" e conviver com a pandemia com menos restrições. "O vírus não vai desaparecer tão cedo. Se temos um número grande de vacinados, temos uma proteção e precisamos seguir a vida", disse a vendedora Denise Rocha. "Se outras cidades do Brasil estão liberando é porque está na hora. Ninguém ia tirar a máscara à toa ou por irresponsabilidade depois de tanto tempo de pandemia", afirmou o autônomo Marciano Barbosa.
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