O que um dia já armazenou toneladas e toneladas de ‘ouro verde’, hoje é lar de uma imensidão de móveis, eletrônicos, veículos e outros tantos inservíveis. A Prefeitura de Londrina deu início nesta quarta-feira (30) a mais uma etapa da limpeza e organização das antigas instalações do IBC (Instituto Brasileiro de Café), na zona oeste da cidade. O espaço vem sendo utilizado há mais de 20 anos pelo Município como depósito de materiais sem utilidade.
Nesta etapa, estão sendo retirados resíduos de MDF por uma empresa especializada, já que o material contém produtos químicos que podem trazer prejuízos ao meio ambiente e aos seres humanos.
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A reportagem do Bonde esteve no IBC na manhã desta quarta-feira (30) e conferiu de perto a situação do local: itens e mais itens amontoados por todos os cantos. O controlador-geral do Município, Guilherme Arruda explica que o MDF retirado não pode ser descartado em qualquer lugar, já que possui componentes tóxicos e precisa de uma destinação correta. O valor do serviço é custeado pela prefeitura.
No vão destinado à passagem das locomotivas durante a época de ouro do café, os caminhões entram para retirar as caçambas cheias do material. O trabalho, segundo Arruda, ainda deve seguir por alguns dias. “Está longe de se resolver o problema do barracão, a gente sabe disso, mas nós temos servidores que têm feito um trabalho sensacional aqui dentro do IBC”, afirma.
Leilão
Arruda aponta que muitos dos itens já estão alocados há tempos no barracão, o que torna o processo de destinação mais burocrático. “A gente tem que seguir esses ritos processuais”, frisa. Materiais inservíveis, como no caso do MDF, vão ser descartados de maneira correta. Outros, que podem ser reaproveitados, vão ser leiloados pelo município.
O leilão de bens móveis deve acontecer já na primeira quinzena de setembro. Ao todo, mais de 14 mil itens vão ser leiloados, sendo 7,3 mil móveis de escritório e sucatas, 3,6 mil pneus e peças automotivas, 2,6 mil eletrônicos, além de outros materiais.
O barracão de cerca de 48 mil metros quadrados é de propriedade do Governo Federal. Segundo o controlador, o município já deu início às tratativas para que o imóvel possa ser utilizado pela Prefeitura. A expectativa é de que o local, após toda a organização e limpeza, sirva como um centro de logística.
Ônibus
Além de todos os itens já mencionados, pelo menos 10 ônibus também estão parados no estacionamento do local. Os veículos foram adquiridos com recursos do Governo Federal em 2014 e só podem ser utilizados na pasta da Educação, mas não há demanda no município por terem estrutura específica para transportar estudantes com algum tipo de deficiência. Cada um deles rodou por, no máximo, dois mil quilômetros. “Nós agora vamos estudar a viabilidade de fazer um leilão ou encaminhar a alguma associação”, explica.
Ele alerta que ainda há um protocolo a ser seguido. Os veículos não devem ser utilizados pelo município, já que, de acordo com Arruda, o investimento para a alteração estrutural é muito alto.
Pelo fato de a aquisição ser fruto de dinheiro público, ele garante que a Corregedoria deve começar a apurar se houve algum indício de ilegalidade. “O porquê eles foram adquiridos e o porquê tantos ônibus foram adquiridos”, finaliza.
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