Quem passa pelo Cefe (Centro de Educação Física e Esporte) da UEL (Universidade Estadual de Londrina) aos sábados de manhã, escuta o bater de uma bola de basquete e o barulho dos tênis em quadra. Desde 2018, homens com mais de 18 anos se encontram para jogar e participam de torneios. Mas, em fevereiro, uma categoria específica foi criada para quem não se move mais como na adolescência, com foco em quem tem mais de 40 anos: o Basquete Máster.
A iniciativa promove a atividade física, socialização e lazer por meio do esporte, unindo a comunidade interna da UEL, com professores e servidores, a externa. Ainda, contribui com a formação dos graduandos do curso de Educação Física, que monitoram as atividades e organizam eventos.
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“Como é um projeto de extensão, os alunos realizam pesquisas com o pessoal, trabalhamos com a análise do perfil dos praticantes. Um tempo atrás, fizemos uma análise de biomecânica no arremesso do basquete, e outra do equilíbrio e de capacidades físicas e motoras dos participantes”, elencou o coordenador Victor Okazaki.
IDADE NÃO É IMPEDIMENTO
A adesão foi grande desde o início, com atletas mais velhos da categoria Adulto Livre (18+) buscando um time com uma faixa etária parecida. Os homens diziam “o jogo é muito rápido para a gente, queríamos uma turma somente da nossa idade, para que possamos jogar um pouco no nosso ritmo”, contou o professor.
Hoje, mais de 100 pessoas integram as duas categorias, com horários diferentes reservados na quadra do Cefe aos sábados de manhã. O mais “antigo”, como descreveu, é Enock Martins, médico-veterinário de 62 anos. Ele chegou em terra pé-vermelha em 2024, vindo de Ribeirão Preto (SP), e buscou o basquete na UEL para “se colocar na sociedade” londrinense.
Ele enxerga as atividades como “diversão e socialização”, com os benefícios à saúde como um bônus. “Está formando um grupo que um brinca com o outro. Eu tento vir todo sábado, tem uns dias que dá uma ‘lesionadinha’ por causa de um dedo, mas sempre participamos, todo mundo com interesse”, informou aos risos.
'O BOM É SER MÁSTER'
Martins voltou às quadras depois de muito tempo longe, sendo que jogava frequentemente na infância e adolescência, desde os 11 anos. “O basquete maltrata um pouco o corpo, meu joelho já não funciona direito, então eu quis um grupo que estava começando, para eu participar sem aquela competição exagerada”, disse.
Um incentivo a mais é a limitação da idade de quem pode integrar, visto que todos se respeitam e “acabam não trombando”. “O bom é ser Máster, não é a molecada que tem toda aquela vitalidade e corrida”, considerou o veterinário.
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