Duas estudantes de Londrina são finalistas da 23ª edição da Febrace (Feira Brasileira de Ciência e Engenharia), a maior feira de ciências do país. Entre 14 estudantes da rede estadual de ensino do Paraná, estão Letícia Yoshitoni, do Colégio Vicente Rijo, que desenvolveu creme dental inovador, e Lorena Disseró, do Colégio Newton Guimarães, que analisou o microclima nas sala de aula.
Letícia Yoshitoni. estudante do 2º ano do Ensino Médio, apresentou o projeto “Elaboração de dentifrício com componentes naturais e acessíveis”. Sustentável e com baixo custo de produção, o produto é menos agressivo à saúde bucal do que as pastas industrializadas tradicionais.
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“Eu quis inovar no sentido de trazer uma alternativa adequada para a manutenção de uma boa saúde bucal e acessível para toda a população, porque acredito na democratização da saúde”, contou a estudante.
Ela participa do Programa de Altas Habilidades e Superdotação, ofertado pela Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR). Os professores Delean Lenardão e Joicy Quintella foram os orientadores do projeto. Na Febrace 2025, Letícia concorre na categoria Farmacologia. “O ambiente da feira é muito fértil, não só no sentido da premiação, mas também pelas trocas de conhecimento que temos. Estar aqui é muito enriquecedor”, completou a jovem.
O projeto não é o único representante de Londrina na Febrace. Lorena Disseró, estudante do Colégio Estadual Professor Newton Guimarães, também está entre as finalistas da feira. Sob orientação do professor Saulo Cavalli Gaspar, a jovem cientista analisou o microclima de salas de aula e desenvolveu uma proposta de corredor verde para atenuar as temperaturas nas escolas em dias de calor. A iniciativa concorre na categoria Geografia.
A Feira Brasileira de Ciência e Engenharia teve inscrição de 2.700 projetos, dos quais 300 são finalistas. Participam alunos do 8º e do 9º anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de escolas públicas e privadas. Os paranaenses concorrem com inovações em diferentes áreas: farmacologia, microbiologia, botânica, física, geografia e engenharia aeroespacial. Incentivo ao ensino de robótica, programação e iniciação científica nas escolas rede estadual explica o protagonismo.
O incentivo ao ensino de robótica, programação e iniciação científica nas escolas rede estadual de ensino explica o protagonismo dos estudantes paranaenses em eventos como a Febrace, disse o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.
“Ver estudantes engajados em pesquisa e iniciação científica desde cedo, com iniciativas inovadoras em áreas do conhecimento tão diversas, é motivo de orgulho para todos que trabalhamos com a educação do Paraná. Isso mostra que os investimentos em inovação e tecnologia na rede estadual têm surtido efeito para a formação de jovens protagonistas, conscientes e criativos”, destacou o secretário.
FEBRACE 2025
Realizada anualmente desde 2003, a Febrace é promovida pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) e organizada pelo LSI-TEC (Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico).
O evento ocorre no câmpus da USP, em São Paulo. A mostra dos projetos finalistas começou nesta terça-feira (25) para imprensa e avaliadores da feira. Já a exposição aberta ao público será quarta e quinta-feira (26 e 27). A programação da Febrace 2025 também inclui oficinas, palestras e painéis de debates com especialistas.
Entre os 300 finalistas há projetos credenciados por feiras científicas afiliadas da Febrace 2025, bem como iniciativas submetidas diretamente à Febrace e avaliadas pelo Comitê de Pré-Avaliação e de Seleção da feira.
Os finalistas concorrem a prêmios como bolsas de estudo, troféus e a chance de representar o Brasil na Regeneron ISEF 2025, a maior feira internacional do gênero, nos Estados Unidos. Os vencedores serão divulgados na sexta-feira (28), último dia do evento.
(Com informações da Agência Estadual de Notícias)
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