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INFRAESTRUTURA

ILS começa a funcionar no Aeroporto de Londrina

Simoni Saris - Grupo Folha
10 dez 2025 às 20:37

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Foto: Emerson DIas / N.Com
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Uma reivindicação de décadas da sociedade londrinense chegou ao fim nesta quarta-feira (10), com a inauguração do ILS (Instrument Land System ou Sistema de Pouso por Instrumento, em português) no Aeroporto Governador José Richa. No dia do aniversário de 91 anos de Londrina, o início das operações do novo equipamento é visto como uma importante etapa na melhoria da infraestrutura e um grande avanço para o desenvolvimento econômico da cidade. Essa tecnologia é o que há, atualmente, de mais sofisticado para proteção ao voo nacional por permitir a aterrissagem em condições climáticas ruins, problema constante no terminal de Londrina, que costuma fechar em dias de muita chuva ou neblina, atrasando e cancelando voos.


O investimento no equipamento de auxílio à navegação aérea foi de quase R$ 35 milhões, sendo R$ 14,5 milhões da FAB (Força Aérea Brasileira) e os outros R$ 20 milhões da Motiva, empresa que administra o aeroporto de Londrina. O valor investido pela concessionária corresponde às obras necessárias para o funcionamento do ILS e também do ALS, o sistema de luzes de aproximação. Uma solenidade realizada no aeroporto marcou oficialmente o início das operações do equipamento.

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O ILS é utilizado quando as condições meteorológicas dificultam ou impedem o alinhamento da aeronave na cabeceira da pista. Nessas situações, os sinais emitidos pelo instrumento permitem que o piloto faça o alinhamento horizontal e vertical a uma altura do solo muito baixa, de cerca de 70 metros, e uma distância de até 800 metros da cabeceira. O sistema de voos por instrumento é composto por dois aparelhos. Um deles é o localizer, uma estrutura tubular que indica o eixo da pista, e o outro é o glide slope, responsável pela emissão de sinais indicativos da rampa de aproximação.


“Mesmo em mau tempo, capacita o piloto a pousar e facilita muito, com segurança e, claro, a experiência que os pilotos trazem. Permite um pouso seguro. Isso é um incremento na segurança e faz uma modificação na qualidade do voo e na certeza do pouso, beirando aí 100% de sucesso”, explicou o tenente-brigadeiro do Ar e comandante-geral da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno, que veio a Londrina para o evento de inauguração do aparelho.

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TESTES  GARATEM SEGURANÇA


No período que antecedeu o início do funcionamento do ILS, vários testes foram realizados pela FAB em Londrina. Cada componente do aparelho deve estar em perfeita conexão com os demais para que possa emitir os sinais corretamente. Um avião laboratório realiza múltiplos voos com o objetivo de intensificar o sinal e garantir o máximo de exatidão nas operações de pouso. Somente quando o grau de aceitação do equipamento é alcançado é que o equipamento é certificado para o uso comercial. “A partir daí, fazemos vários voos como se aviões comerciais fôssemos para, a partir de uma quantidade que chega a centenas de aproximações, entregá-los para o uso comercial do equipamento”, enfatizou o comandante da Aeronáutica.

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O ILS instalado em Londrina pertence à categoria 1 (CAT 1). Segundo o tenente-brigadeiro, as categorias dependem muito da quantidade de voos. “O equipamento é muito caro, a manutenção também não é barata”, destacou o comandante da FAB. “Entendemos que um sistema desse atende perfeitamente às necessidades das empresas aéreas que operam no Brasil.”


A vida útil desse tipo de equipamento é de 15 a 20 anos. Nesse período, o funcionamento será acompanhado pela Thales, que forneceu o ILS instalado em Londrina. A empresa  multinacional é

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especializada em tecnologias avançadas para os setores de defesa aeroespacial, cibersegurança e digital que forneceu à FAB o ILS que opera em Londrina. O aparelho veio da Alemanha. “A gente segue acompanhando a vida desse equipamento. Ele vai passar por manutenções periódicas, por modernizações, tudo isso a gente faz no Brasil”, disse o vice-presidente da Thales para a América Latina e diretor-geral da Thales no Brasil, Luciano Macaferri Rodrigues.


O terminal londrinense opera, em média, 700 voos e movimenta cerca de 50 mil passageiros por mês.O diretor dos Contratos de Concessões e Relações Governamentais da Motiva, Rodrigo Abdala, afirmou que o aparelho agrega em termos de segurança e capacidade operacional do aeroporto. Segundo ele, a partir de agora, dificuldades nas operações aéreas em dias de tempo ruim ficarão cada vez mais raras. “A gente vai conseguir atender plenamente a demanda de operações no aeroporto de Londrina”, afirmou. Desde que assumiu a concessão, a Motiva investiu R$ 200 milhões na infraestrutura do terminal.

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REIVINDICAÇÃO ANTIGA


As discussões acerca da necessidade de instalação do ILS no aeroporto de Londrina começaram há cerca de 30 anos, ainda na administração do prefeito Luiz Eduardo Cheida (1993-1996). Nos últimos anos, no entanto, a mobilização para que a FAB trouxesse o equipamento para a cidade foi melhor estruturada dentro da Comissão de Desenvolvimento e Infraestrutura da Região de Londrina, formada por lideranças políticas e sociedade civil organizada, e pelo Grupo de Trabalho do Aeroporto, criado na administração do ex-prefeito Marcelo Belinati (2017-2024).

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O prefeito Tiago Amaral, que antes de assumir a administração do município liderava a comissão, considerou este aniversário de Londrina como um marco histórico para a cidade. “O ILS se transformou em uma palavra que todo londrinense, no mínimo, já ouviu falar e sabe que é fundamental para chegada de novos voos, chegada e saída de aeronaves e para a geração de emprego, de renda, de atração de novos negócios e oportunidades. As estradas, ferrovias e aeroportos são caminhos de desenvolvimento”, destacou. “Nos sentíamos um pouco desprestigiados. Essa conquista no aniversário da cidade devolve ao londrinense a convicção de que a cidade é gigante.”


Um dos empresários que integram a Comissão de Desenvolvimento e Infraestrutura da Região de Londrina e também coordenador do Grupo de Trabalho do Aeroporto, o superintendente do Grupo Folha de Londrina, Nicolás Mejía, lembrou de toda a mobilização que foi feita dentro e fora da cidade para que o ILS chegasse até o terminal de Londrina. “Fomos várias vezes a Brasília com empresários que são usuários do aeroporto. Tivemos várias reuniões com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e Ministério dos Portos e Aeroportos. No Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), foi feita a licitação para a compra do ILS que não estava incluída no contrato de concessão. O contrato só previa a instalação. Foi um trabalho muito árduo e muito satisfatório ver que mudou o prefeito, a administração, mas continuamos com o mesmo propósito e isso foi o que deu resultado. A união da iniciativa privada, do poder público, tanto a nível federal, estadual quanto municipal. Tivemos o grande apoio do governador Ratinho Junior e combinado agora com o trabalho do Tiago Amaral. É uma satisfação muito grande, um presente para Londrina que vai trazer novas oportunidades para a cidade, tanto a nível empresarial quanto para turismo.”

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NOVA TAXIWAY

Encerrada a luta pelo ILS, a partir de agora lideranças políticas e a sociedade civil organizada deverão intensificar a mobilização pela construção da nova taxiway no Aeroporto Governador José Richa. A taxiway existente hoje não é utilizada por estar em desacordo com as normas aéreas vigentes. A expectativa é que uma nova pista de taxiamento de cerca de dois quilômetros de extensão seja construída, mais distante da pista principal, para que o terminal possa ter dois aviões operando ao mesmo tempo, um na pista principal e outro no taxiamento. Assim, o fluxo de aeronaves não é interrompido.


A obra, estimada entre R$ 20 milhões e R$ 40 milhões, deverá reduzir o tempo de espera para pousos e decolagens, diminuindo os custos operacionais.


Assim como a compra do ILS, a construção da nova taxiway também não foi prevista no contrato de concessão. O proprietário da indústria de cadeados Pado, Alfons Gardemann, custeou e doou ao município o projeto da taxiway. “Com o projeto, a cidade vai oferecer ao governo federal, à própria concessionária (Motiva) e ao governo do Estado o projeto pronto da taxiway. Vamos precisar apenas que um desses entes consiga confirmar para a gente o recurso. Esse aeroporto pertence à União e a expectativa é que a União coloque dinheiro, mas eu sei que o governador Ratinho Junior, em última análise, também está disposto a nos ajudar, a bancar esse recurso para fazer a cidade avançar”, disse o prefeito de Londrina, Tiago Amaral.

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O diretor dos Contratos de Concessões e Relações Governamentais da Motiva, Rodrigo Abdala, disse que a empresa apoia a intenção da prefeitura e do empresariado local de construir a nova pista de taxiamento. “A gente firmou um termo de compromisso e vai apoiar tecnicamente o desenvolvimento do projeto. A partir da execução, vai ser iniciada uma nova fase de busca de recursos. É importante destacar que esse investimento não é previsto no contrato e precisa ser viabilizado de outra forma.”

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