Londrina

Cesta básica fica 4% mais barata para os consumidores de Londrina em janeiro

31 jan 2025 às 17:50

A cesta básica ficou mais barata aos consumidores londrinenses em janeiro. A inflação dos alimentos, que vinha castigando as famílias nos últimos meses, apresentou um recuo de 4,07% neste início de ano. De acordo com o levantamento da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) em parceria com a UEL (Universidade Estadual de Londrina), o valor da cesta básica para uma pessoa ficou em R$ 599,99. Já o preço dos itens básicos para uma família de dois adultos e duas crianças saiu por R$ 1.799,98.


Esta é a primeira redução em seis meses na pesquisa realizada mensalmente em 11 supermercados da cidade. A queda dos preços foi puxada pela batata, que ficou 25,7% mais barata. A banana (-21%) e o tomate (-14%) também contribuíram para dar um alívio ao bolso dos consumidores.


Por outro lado, o preço do café, que tem tirado o sono daqueles que não abrem da bebida, foi o maior vilão da economia familiar. O produto ficou 12% mais caro em janeiro, com expectativas de ficar ainda mais caro. A margarina (8,3%) e a farinha (2,9%) contribuíram para segurar uma queda mais acentuada no preço da cesta básica.


O preço dos alimentos segue como uma das maiores preocupações da população brasileira. A alta dos itens básicos tem pesado no orçamento das famílias e ampliado os desafios para garantir uma alimentação adequada. Diante desse cenário, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu como prioridade encontrar soluções para tornar a comida mais acessível aos pratos dos brasileiros.


No entanto, o Palácio do Planalto descarta utilizar mecanismos artificiais de controle de preços ou medidas de ingerência direta no mercado. Em recente entrevista, Lula disse que não fará “bravata” para reduzir o preço dos alimentos.


O governo ainda estuda estratégias. O plano principal é incentivar a produção agrícola, ampliar a oferta de alimentos e reduzir gargalos na distribuição. Além disso, iniciativas como o fortalecimento da agricultura familiar, o apoio ao transporte de insumos e programas de abastecimento popular estão no radar para combater a carestia.


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, projeta uma contenção no aumento da inflação para as famílias em 2025, devido a uma potencial acomodação do preço do dólar e uma melhoria das safras agrícolas no país. "Agora, os preços devem se acomodar ainda num patamar elevado até que a produção de alimentos corrija essa distorção [de oferta e demanda] e os preços voltem a cair", disse recentemente Haddad em entrevista à RedeTV.


Durante a entrevista, Haddad falou ainda da possibilidade de o governo mexer nas alíquotas de importação de alimentos. Isso porque, segundo ele, houve um aumento na demanda por alimentos brasileiros em um momento de baixa produção interna -fator que teria ajudado a ampliar o custo para os brasileiros no mercado doméstico. "Em reuniões ministeriais, chegou-se a falar dessa possibilidade [de mudar as alíquotas], mas tudo no âmbito dos estudos técnicos", disse o ministro.


(Com Folhapress)


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