Um lobo-guará (sim, o animal escolhido para estampar a nota de R$ 200) foi resgatado em Nova Santa Bárbara, no Norte Pioneiro, e está em atendimento no Hospital Veterinário da UniFil.
Nos próximos dias deverá ser solto em ambiente natural. De acordo com a avaliação realizada pela equipe, trata-se de um animal jovem, de aproximadamente um ano e meio. Ele ganhou o nome de "Xamã” da equipe de médicos veterinários, técnicos, professores e estagiários. A Polícia Ambiental de Londrina foi buscá-lo e entregou aos cuidados hospital.
Segundo a universidade, o animal chegou no último sábado (25) e passou por um check up completo: exames de sangue, fezes, cavidade oral e outros. "Fizemos um amplo diagnóstico para verificar se estava faminto ou doente, tinha ferimentos ou algum outro problema. Constatamos um aspecto saudável, inclusive bem alimentado”, apresenta a professora Mariana Cosenza, coordenadora do Hospital Veterinário da universidade.
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De acordo com a professora, Xamã foi encontrado numa obra na cidade, acuado por cães. "Ele está na idade da dispersão, à procura de novos territórios. Provavelmente isso o levou ao meio urbano”, explica. A veterinária informa que o lobo guará é onívoro, ou seja, come plantas, frutas e carne. "Com essa diversidade na alimentação, se adapta com facilidade, embora seja um animal difícil de se avistar”, acrescenta.
Espécie encontrada somente na América do Sul, principalmente no Brasil, o lobo guará ganhou mais notoriedade nos últimos dias, com o anúncio de que sua imagem vai estampar a nova nota de R$ 200 que será lançada no país pelo Banco Central. Mariana Cosenza ressalta que o animal é típico de cerrado e tem função importante no ecossistema brasileiro, com sua característica de dispersar sementes e contribuir para o equilíbrio ecológico.
Nos oito anos de atendimento a animais silvestres e exóticos pelo hospital veterinário, esse é o terceiro lobo-guará tratado pela equipe. O HV cuida atualmente de 18 animais e aves: macaco-prego, porco espinho, gavião, siriema, arara, tucano, papagaio e outros. "É uma unidade de referência para acolhimento e tratamento, numa parceria com Polícia Ambiental, Força Verde e Instituto Água e Terra do Paraná”, destaca a coordenadora.