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Em Londrina

Adolescente recupera movimentos do corpo após passar por cirurgia que retirou 90% de tumor no cérebro

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
24 ago 2023 às 11:45

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- Divulgação/Hospital Evangélico de Londrina
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Após 15 dias da cirurgia para retirada de um raro tumor cerebral, a estudante Julia Ribeiro Montoani, de 15 anos, recebeu na última terça-feira (22) a notícia de que mais de 90% da massa tumoral foi eliminada, e que ela é benigna. 


A adolescente de Siqueira Campos, no Norte do Paraná, correu contra o tempo. Ela tinha chances de perder os movimentos do corpo, caso não realizasse com rapidez o procedimento, que foi feito em Londrina com o uso de alta tecnologia. 

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A jovem praticava diversos esportes, mas precisou parar quando descobriu a doença e perdeu parte da capacidade motora do lado esquerdo do corpo, após sofrer duas convulsões em julho deste ano. 

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“Eu espero poder voltar a jogar vôlei e tênis de mesa. Estou me sentindo bem melhor porque eu tinha muita dor de cabeça e tontura”, explica Júlia sobre sua vida após a intervenção médica. 

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A mãe da adolescente, Edina da Silva Ribeiro Montoani conta que a filha está 80% recuperada, “a Júlia é um milagre”. 


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Família abre 'vaquinha virtual' para retirar tumor que imobilizou lado esquerdo do corpo de adolescente
Família de Siqueira Campos abre vaquinha virtual para retirar tumor que imobilizou lado esquerdo do corpo da adolescente Júlia Ribeiro Mantoani


De acordo com a familiar, a equipe médica foi surpreendida durante a cirurgia, “o médico relatou que não pode retirar todo o tumor, que era grande e estava afetando bastante a área motora. Percebendo que estava profundo, ele tomou a decisão de preservar o movimento da minha filha, porque se aprofundasse para retirar inteiro, ela perderia todos os movimentos para sempre”, esclarece Edina. 

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A CIRURGIA


O neurocirurgião Alexandre Canheu, que operou Julia no Hospital Evangélico de Londrina, explica que o procedimento delicado exigiu o uso de diferentes tecnologias, como tractografia, neuronavegador, ultrassom intra-operatório, eletrocorticografia intra-operatória e monitorização eletrofisiológica, bem como o uso do corante fluoresceína no momento da ressecção tumoral, que foram determinantes no resultado. 

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O profissional pontua que foi preciso ter o máximo de cuidado para minimizar sequelas.


Um neuronavegador auxiliou o médico a fazer uma craniotomia menor e mais centrada no tumor e ao mesmo tempo na localização dos limites tumorais, e assim conseguir realizar o procedimento de forma mais segura. Ao mesmo tempo, o equipamento transmitia na tela de um computador as imagens ao vivo do que era feito. 

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“Retiramos quase a totalidade do tumor, a ressonância confirmou que tem até 15% dele na área primária do cérebro, e a retirada poderia comprometer os movimentos de forma definitiva. Toda a irrigação do tumor foi retirada, para que não volte a crescer, ainda será avaliada a necessidade de quimioterapia ou radioterapia”, diz Canheu.


EXPECTATIVAS PARA O FUTURO

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Julia conta que teve permissão para receber visitas e que está ansiosa para rever os amigos. “Foi tudo muito rápido, ainda estou tentando assimilar”, diz a adolescente. 


A jovem ainda não voltou a frequentar as aulas na escola, mas realiza atividades on-line para acompanhar o estudo. “eu quero voltar ainda esse ano”, explica. 


A mãe conta que se sente grata por todos que ajudaram na vaquinha on-line que fez para custear o procedimento. E que o valor que sobrou está sendo usado com o pós-operatório, e que a filha vai ao fisioterapeuta todos os dias, “Todos que ajudaram salvaram minha filha”, diz Edina.


De acordo com a familiar, com a união de amigos, familiares, empresários da cidade em que moram, pessoas de todo Brasil e até mesmo da França e dos Estados Unidos foi possível arrecadar quase R$ 100 mil em quatro dias para fazer a cirurgia que não tinha previsão de quando poderia ser realizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde), apesar do empenho de médicos e Secretarias de Saúde da região.


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