O imóvel abandonado na zona leste de Londrina, que já sediou a antiga Claspar (Empresa de Classificação do Paraná), deverá ser utilizado pelo 2° CRPM (Comando Regional da Polícia Militar) e pelo Deppen (Departamento de Polícia Penal).
O tema foi discutido durante a sessão de terça-feira (19) da CML (Câmara Municipal de Londrina), atendendo a um requerimento do vereador Roberto Fú (PDT).
O prédio, que tem mais de 3 mil metros quadrados, foi construído na década de 1960 e pertence hoje ao IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), deverá ser repassado à Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública).
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“Eu chego a dizer que é um sonho que será realizado. Há muitos anos esse barracão está totalmente abandonado e trazia uma preocupação muito grande para os moradores”, afirma Fú, citando que o mato alto e as brigas são um problema.
“Os moradores não conseguiam dormir. Eles passavam a madrugada acordados ouvindo gritos, barulhos, brigas, pedradas. E a maior preocupação era quando colocavam fogo.”
O diretor de Gestão de Negócios do IDR, Altair Sebastião Dorigo, lembra que o imóvel fazia parte do patrimônio da Codapar e, com a fusão ocorrida em 2019, o IDR acabou “herdando” o prédio.
Parte do terreno pertencia ao governo federal e foi repassada ao Estado, mas faltava uma definição de quem iria utilizá-lo. O instituto já havia tentado repassar para as pastas estaduais de Educação e de Saúde e, entre idas e vindas, o Deppen e o 2° CRPM demonstraram interesse.
“Os projetos foram viabilizados pelo Deppen e devem ter a conclusão, provavelmente, em abril. Na sequência, deve ir para a licitação”, explica Dorigo, que ressalta que, desde 2020, quando a criação do IDR-Paraná foi consolidada, o instituto tem feito a manutenção do espaço. “Infelizmente, muito lixo é jogado ali.”
A estimativa é que a recuperação do imóvel custe cerca de R$ 5 milhões. “Praticamente, vai ser aproveitada a estrutura, tem que ser refeita a cobertura, [a parte] elétrica, hidráulica, incêndio, enfim, tudo que existia que lá que poderia ser furtado, foi furtado”, lamenta.
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