A sede da Fazenda Tamarana, localizada na zona rural do município de mesmo nome, a 50 quilômetros de Londrina, está ocupada por indígenas caingangues desde setembro de 2023.
A propriedade de 800 hectares faz divisa com a Terra Indígena Apucaraninha, e cerca de 300 indígenas reivindicam a área total, afirmando que é do povo legalmente, mediante doação e demarcação do Estado do Paraná em 1955.
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Por decisão da 3ª Vara Federal de Londrina, além da determinação da reintegração parcial de posse da propriedade, foi expedido um mandado na última quarta-feira (12) para intimar os ocupantes indígenas para que não criem obstáculos para que o agricultor possa fazer o plantio de safra na propriedade, sob pena de adoção de medidas coercitivas.
Também foi determinado que o 5º Batalhão da Polícia Militar mantenha policiais de prontidão para atuar imediatamente caso necessário. Porém, a defesa do proprietário, Eucler Alcantara Ferreira, afirmou que “quando o Poder Judiciário determina o uso de força policial para reintegração parcial, apenas da sede, há um grande desencontro de informações entre os agentes policiais”.
“A Polícia Militar diz que só pode cumprir a ordem com a participação da Polícia Federal. A Polícia Federal diz que só responde pelos atos de ‘inteligência’, cabendo à Polícia Militar a tarefa de cumprir a reintegração”, afirmou.
O dono da fazenda explicou que comprou, junto de seus irmãos, pequenas propriedades ao longo dos anos 1990 para formar a Fazenda Tamarana. De acordo com a defesa do produtor, essas terras foram tituladas e comercializadas para particulares desde meados dos anos 50 para a agricultura.
“Não se trata de terra tradicionalmente ocupada por indígenas, suscetível às questões do Marco Temporal, mas de terra particular desde a abertura de sua matrícula há aproximadamente 75 anos”, informou Rodolfo Ciciliato, advogado de Ferreira, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (19).
Leia a reportagem completa na FOLHA DE LONDRINA: