Os dados do indicador do SPC/Acil (Sistema de Proteção ao Crédito da Associação Comercial e Industrial de Londrina), referentes ao mês de novembro, mostram que a quantidade de consumidores que não conseguiram quitar seus débitos e tiveram seu nome inscrito no cadastro de inadimplentes ficou 10% maior que no mesmo mês do ano passado.
Quando a comparação é feita entre os 11 meses deste ano com o mesmo período de 2020, o percentual de aumento da inadimplência é de 13%.
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Segundo o consultor econômico da Acil, Marcos Rambalducci, a explicação está mais relacionada com o aumento dos consumidores que tomaram crédito para realizar suas compras do que propriamente com a perda da capacidade de honrá-las.
"Quanto mais aumentam as vendas a crédito, mais consumidores, em números absolutos, podem não ter condições de quitar suas dívidas. Quando é feita a comparação com uma base como a do ano passado, em que as vendas caíram de forma acentuada, o resultado é um percentual maior de inadimplência para o período atual", afirma.
Segundo ele, por outro lado, o número de consumidores que, estando na lista de devedores, conseguiram limpar o nome e voltar ao cadastro positivo foi menor em 1% neste novembro do que em novembro do ano passado.
"Este pode ser um efeito sazonal, já que, quando se considera os 11 meses deste ano com o mesmo período do ano passado, os números apontam para um aumento de 4% de consumidores que, estando negativados, conseguiram limpar o nome", destaca Rambalducci.