Dois indivíduos dementes com uma música no coração podem encontrar amor? “Joker: Folie à Deux” reúne o príncipe palhaço do crime de Gotham City e Harley Quinn, resultando em sequência ambiciosa com grandes oscilações que acabam comprometendo em parte o resultado.
Cinco anos depois, esta continuação explora ainda mais a mente fragmentada do assassino Arthur Fleck, mas sem a visão social e política que tornou o filme original tão provocante e perturbador. Joaquin Phoenix demonstra mais uma vez sua disposição (de resto permanente) de correr riscos – neste caso, cantando ao lado de Lady Gaga, claro que muito mais habilidosa tecnicamente.
Mas esta performance, que já esteve tão sintonizada com o frágil estado mental do personagem, em “Delírio a Dois” parece ainda melhor, mesmo se repleta de floreios déjà vu.
Leia mais:
Mega-Sena acumulada sorteia R$ 140 milhões nesta quinta
Morador de Londrina é flagrado com utilitário carregado de cigarros em Jandaia do Sul
Previsão do tempo: Frente fria avança sobre o estado e causa chuvas em Londrina e região.
MPPR denuncia ex-presidente da Câmara de Cornélio Procópio, servidores e empresário por crimes em licitação
A mesma dupla que alcançou enorme sucesso de crítica (levou o |Leão de Ouro de melhor filme em Veneza 2019) e público (mais de U$ 1 bilhão de bilheteria ao redor do mundo) antes da pandemia está de volta, Todd Phillips diretor e Joaquín Phoenix no papel que lhe rendeu o Oscar.
A verdade é que o intérprete poderia estar ainda melhor nesta segunda parte, na qual sua atuação mistura fragilidade, loucura, violência, o riso perturbador e exagerado que deu ao personagem, e agora com o acréscimo de dança e canto.
Não há dúvida de que “Joker: Folie à Deux” é um musical, apesar de frequentes afirmações do realizador, que passou os últimos meses repetindo à imprensa que não utilizou o gênero.
Lady Gaga apenas aumentou o poder de fogo comercial desta tão aguardada sequência, embora as armadilhas musicais do filme possam arrefecer um pouco o entusiasmo antecipado.
Não há como negar, acima de tudo, que a originalidade está nos números musicais, que prestam homenagem ao cinema e à televisão americanos, a estrelas clássicas como Judy Garland e Fred Astaire ou mesmo Sonny e Cher, mas sempre com instintos assassinos ameaçando vir à tona. Uma espécie de play list de sucesso, o sonho do personagem, que serve para examinar a mente perturbada e perigosa de Arthur Fleck e que conta com o poder de Lady Gaga e o carisma de Joaquín Phoenix.
Uma exibição visual (e uma execução musical que custou quase 200 milhões), e que vem acompanhada de músicas como “Get Happy”, “For Once in My Life” e “That’s Life”.
Leia a resenha completa na FOLHA DE LONDRINA: