1) O senhor sempre se destacou nos seus mandatos como deputado federal na defesa de pautas como a liberdade econômica e de uma maior eficiência do Estado na gestão dos recursos públicos. Como o senhor acredita que a inovação pode contribuir nesses propósitos?
Receba nossas notícias NO CELULAR
WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp.Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.
A inovação é uma das ferramentas mais poderosas para promover a liberdade econômica e aumentar a eficiência do Estado. Ao simplificar processos, reduzir burocracias e automatizar serviços, conseguimos prestar melhores serviços públicos com menos desperdício de recursos. Um exemplo claro disso é a Reforma Tributária do IVA 5.0, que construímos com base na tecnologia da nota fiscal eletrônica e da cobrança bancária automática. Esse novo modelo permitirá ao Brasil eliminar fraudes, reduzir custos administrativos e desburocratizar a vida dos empreendedores. Inovação, portanto, é alavanca para uma gestão pública mais eficaz e para um ambiente de negócios mais livre e competitivo.
2) A desigualdade do Brasil na esfera econômica também está muito presente em termos de inovação. Há regiões bastante desenvolvidas, enquanto outras ainda dão os primeiros passos. O mesmo pode-se afirmar em relação ao Paraná, onde cidades como Londrina e Curitiba são referência, mas nos municípios de menor poder econômico e político a situação é bem diferente. O que o senhor vem fazendo como parlamentar em Brasília para mudar essa realidade?
De fato, o Brasil – e o Paraná – apresentam contrastes acentuados. Sempre atuei com foco no municipalismo e defendo que o desenvolvimento precisa chegar a todos os 5.570 municípios. Em Brasília, trabalho para destinar recursos e articular programas que promovam polos regionais de inovação, aproximando universidades, prefeituras e empresas. Além disso, na Reforma Tributária, propus mecanismos de devolução personalizada de impostos para estimular o consumo e a atividade econômica nas regiões mais carentes. Também tenho defendido políticas de conectividade e de educação tecnológica desde o ensino fundamental para garantir que o futuro chegue a todos.
3) Os micro e pequenos empreendedores ainda enfrentam grandes dificuldades quando precisam de apoio, notadamente em relação ao crédito, que ainda é deveras caro e inacessível para muitos. Como o senhor acredita que é possível enfrentar esse problema?
Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país, mas continuam sofrendo com o custo do crédito e a carga tributária excessiva. Como autor do Simples Nacional e do MEI, sempre lutei por um sistema mais justo. Agora, estou trabalhando na proposta do Novo Simples Nacional, já adaptado à nova realidade do IVA, que trará crédito automático para os pequenos e eliminará obrigações acessórias. Também defendo a criação de fundos garantidores públicos para baratear o crédito e democratizar o acesso a financiamentos. O Brasil só crescerá com inclusão produtiva e apoio real aos pequenos empreendedores.
*Lucas V. de Araujo: PhD em Comunicação e Inovação (USP)
Jornalista Câmara de Mandaguari, Professor UEL, parecerista
internacional e mentor de startups.
Instagram: @professorlucasaraujo
X/Twitter: @professorlucas1
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
A opinião do colunista não é, necessariamente, a opinião do Portal Bonde