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Entrevista com o poeta José Aparecido Fiori

30 nov 2025 às 08:32

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Foto enviada por José Aparecido Fiori
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José Aparecido Fiori é paranaense, pé “vermeio” de Ibiporã, formado em Jornalismo pela UFPr e Filosofia Pura, PUC-PR.

É autor de cinco livros: 

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Código de Davi – Memórias Líricas de Simeão de Sião. 



P: Fiori, fale um pouco de seu início. Quando começou a ler poemas e quando começou a escrever poemas.

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R: Sempre gostei de ler, desde criança, incentivado pela minha mãe Ana Favato. Lia papéis de balas, latas de azeite, azeitonas e marmelada, rótulos de garrafas, pichações nos muros. Escrevia diários, poemas, cartas, cartões postais. Comecei a ler poemas nos livros didáticos, quando frequentava o Grupo Escolar de Santo Inácio, interior do Paraná. Poemas de Olavo Bilac, Castro Alves, Helena Kolody, Paulo Setúbal, Emilio de Menezes, Alvares de Azevedo. Livros e revistas. 

P:Se tivesse que escolher só um poema no mundo. Qual escolheria? Por que?

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R:O poema do padre nicaraguense Ernesto Cardenal:

"Ao perder a ti, tu e eu perdemos

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Eu porque tu eras o que eu mais amava

E tu, porque eu era a que te amava mais

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Contudo, de nós dois, tu perdeste mais do que eu

Porque eu poderei amar outras como amava a ti

Mas a ti não te amarão como te amei "

Por que este poema? Porque fala do amor. De uma escolha. De uma suposição. Porque o amor tem que ser recíproco e simultâneo. Porque perder um amor tão grande assim, significa perder-se a si próprio.

P:Você é um leitor de livros de poesia? Seu trabalho poético tem influência de outros autores?

R:Hoje, leio poesias nas redes sociais. Tudo me parece poesia ou transpira poesia pela ótica do meu pensar.

Se influencio outros autores, não sei e acho que sim, somos todos possíveis e passíveis de influências e de ser influenciados.

P: Na sua opinião: quais são as características de um bom poema?

R.Procuro escrever o que sinto, absorvo, pressinto, publico. Gosto de escrever porque gosto. Já me passou as ânsias de ontem, de antes, de concorrer e competir. Escrever é uma terapia, digamos, literapia.

O poema ideal é aquele que transmite uma mensagem, a mensagem do bem, da paz, do amor. Não gosto de misturar poesia com política e ideologia, no sentido marxista. A poesia “engajada”, comprada, como mais valia. A poesia venal de mercado. 

O poeta tem que ter um estilo, o seu estilo, e não apenas refletir o spleen pessoal, o trivial, o “manjado”, as próprias agruras. 

O poeta tem que sair de sua ilha para de longe enxergá-la, contemplá-la. 

Em suma, poesia tem que ter texto bom e conteúdo. A rima é apenas o confete, a cereja do bolo. 

P. Fiori: Fale de sua trajetória como escritor e poeta.

Antes de escrever “como escritor”, sou jornalista de reportagem, redação, edição de textos de grandes e pequenos jornais. Editei vários. R:Assessorei instituições, sindicatos, associações, empresas da iniciativa pública e privada.

Publiquei cinco livros em carreira solo. Tive participação em vários outros, em coletâneas.

Como poeta, repetindo, escrevo aquilo que gosto, isso me dá prazer. Se o que escrevo for poesia, isso é com o leitor que nos lê, ele é que pode dizer.

P: Como analisa a sua própria obra. Fale de seu estilo, de sua voz poética.

R: Vixi! Eu me criticar. Daí, não sei... rsrsrsrsrs. Dentro da “filosofia do achismo”, me acho imperfeito, procuro a perfeição, a beleza, a verdade. As formas como melhor posso exprimir que sinto. Tento ser realista. Gosto do jogo de palavras. Busco um quê a se ater, se entreter, sem se preocupar com o rigor da rima que, espontaneamente, acontece na musicalidade dos versos.

P.Você acha que Podcast, Youtube e outras tecnologias ajudam ou atrapalham o poeta? 

R.Acho, sim. As redes sociais ajudam, inspiram, incentivam. A poesia não pode ficar abscôndita. A Internet domina o tempo e o espaço. A poesia como luz, tem que ter foco, tem que brilhar.

P. Fale de seu novo livro “CÓDIGO DE DAVI – Memórias Líricas de Simeão de Sião”.

R:Código de Davi fala das minhas relações com o YHVH, o tetragrama sagrado, que significa Aquele Que É. Deus. Elohim, Adonai, Sabbaoth (o Deus dos Exércitos). Transito entre o sacro e o profano. Fixo-me em códigos e crucifixos, coisas hieráticas, candelabros, cálices. Falo dos dias de ira, o fim do mundo, o Armagedom. A luta de Davi contra Golias. A discriminação contra as minorias, os mais fracos, os deficientes. Falo, inclusive, sobre meu filho Davi, portador da Síndrome de Down e autismo.

P Como foi recebida essa nova obra pelos leitores curitibanos? 

R:O livro Código de Davi foi lançado, estou divulgando. Os curitibanos aceitaram bem a publicação. Compraram. Até agora, ninguém criticou rsrsrsrs. Agora, no Natal e festas de fim de ano, espero vender mais para os que gostam do nosso jeito de fazer Literatura. Podem até adquirir como presente para ser dado a parentes e amigos. Interessados podem nos contatar por mensagens no whatts (41 9 97451155), email: [email protected] 

P. Fale de seus projetos para 2026 

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R.Um novo livro em pauta, no preço, “mais profano”, lírico, sobre o amor. Pelo viés do Vampiro de Curitiba, o escritor Dalton Trevisan, falecido este ano.


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