Dizer que Machu Picchu é espetacular pode parecer um clichê, mas não há como fugir. Não há outra palavra que possa resumir as ruínas encravadas no meio da Cordilheira dos Andes. Descoberta pelo historiador americano Hingham Bingham, a cidade inca ficou escondida por aproximadamente 600 anos e hoje é o principal cartão postal peruano.
O ponto de partida para Machu Picchu é Cusco. A segunda cidade mais importante do Peru é também o início da aventura até o berço dos povos incas.
Cusco é uma cidade tipicamente turística. Com montanhas e mais montanhas a vigiar, a cidade é repleta de muralhas incas, impressionantes igrejas barrocas e ruas estreitas, por onde os turistas do mundo inteiro se esbarravam. Nos arredores, sítios e ruínas arqueológicas contam um pouco da história do povo que ali habitou.
Tambomachay é a mais alta das ruínas - fica 3,70 mil metros acima do nível do mar. Saqsaywaman deixa os visitantes de queixo caído, tentando imaginar como os Incas conseguiram encaixar as pedras perfeitamente como estão no local. Já Pukapukara tem mesas de sacrifícios dentro de uma gruta e uma excelente vista de Cusco.
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O agito na cidade gira em torno da Plaza de Armas. Lá estão as principais igrejas e museus, além dos bares, restaurantes, pubs e lojas de artesanato.
A aventura até Machu Picchu começa ali. O passeio completo, incluindo translados e ingresso, sai por aproximadamente US$ 200 (R$ 400) nas agências em Cusco. De carro, van, ou ônibus, o turista chega a estação de Poroy. Lá pega-se o trem que levará até a cidadela de Águas Calientes, localizada aos pés das ruínas, numa viagem de aproximadamente três horas, seguindo o rio Urubamba. De carro, é possível chegar apenas à estação de Ollantaytambo, que fica na metade do caminho. De lá, o turista tem duas opções: seguir de trem ou encarar a Trilha Inca, que tem 42 quilômetros de extensão e leva cerca de quatro dias para ser percorrida. Chegando à estação de Águas Calientes. Um ônibus leva os turistas até Machu Picchu.
Na cidade de pedra, o fluxo de visitantes é muito grande, mas isso não impede cada um de desbravar as ruínas do seu jeito. A primeira volta por lá é feita com um guia, que conta a história do local e dura aproximadamente 2h30. Depois, todos estão liberados para percorrerem o sítio da maneira que bem entenderem.
A construção de Machu Picchu começou em 1438. A área total do sítio soma 326 quilômetros quadrados. A cidadela foi abandonada em 1532, segundo os guias, por conta de uma epidemia de febre amarela. Os habitantes do lugar se refugiaram na floresta para uma espécie de quarentena e não voltaram por causa da chegada dos espanhóis. Não queriam que descobrissem a cidade.
A visão de Machu Picchu é arrebatadora. Há uma praça central, a área residencial e os templos. As lavouras ficam no entorno. Tudo isso a 2.350 metros de altitude e com dois vales, um de cada lado. Ao fundo está o monte Wayna Picchu ou "jovem montanha". Apenas 400 pessoas podem subir ao local diariamente. O acesso é feito pela parte norte de Machu Picchu. Após uma hora de subida chega-se ao topo - são 2.720 metros - e a recompensa pelo esforço é um visual indescritível.
De volta a Águas Calientes, vale a pena passar a noite na cidadezinha. Sem carros para incomodar, o lugar é repleto de aconchegantes bares e restaurantes. No outro dia, a dica é acordar bem cedo e tentar ser um dos 400 premiados que conseguem subir a Wayna Picchu.