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Dados preocupantes

População diverge sobre obrigatoriedade de vacina contra Covid, mostra levantamento

Samuel Fernandes/Folhapress
09 jan 2023 às 16:03

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Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Uma pesquisa realizada no último novembro com 1.200 brasileiros constatou que 45,9% dos participantes acreditam que vacinas contra a Covid-19 devem ser obrigatórias. Para aqueles que pensam o contrário, o percentual é pouco diferente: 46,8%.


O levantamento é resultado de uma parceria entre o Sou_Ciência, centro de estudo sediado na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), e o Instituto de Pesquisa Ideia Big Data.

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No país, a não vacinação de menores de idade pode, por exemplo, resultar em sanção para os responsáveis e até perda da guarda.

Pela lei, as escolas são obrigadas a exigir a caderneta de vacinação das crianças e adolescentes no ato da matrícula. Elas, no entanto, não podem se recusar a receber alunos que não tenham sido vacinados - neste caso, elas devem acionar o Conselho Tutelar ou outros órgãos de controle.

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Para Soraya Smaili, ex-reitora da Unifesp e uma das coordenadoras do Sou_Ciência, o dado da pesquisa é um alerta. 


"Esse dado é preocupante, porque ele dá uma indicação de que a questão de considerar a vacina um direito individual ganhou um pouco mais de espaço [...] principalmente no segundo semestre de 2022."

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Smaili diz que existia uma tendência maior em aceitar a vacina como obrigatória mediante dados levantados em outras pesquisas, como uma realizada também pelo Sou_Ciência e pelo Ideia Big Data em 2021. 


Segundo ela, com o arrefecimento da pandemia, as pessoas passaram a enxergar o Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19, como mais leve, o que diminui o senso de risco em relação ao patógeno.

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No entanto, foi justamente a vacinação que diminuiu a gravidade da infecção. "Hoje, ter esse número, significa que as pessoas acham que o vírus se transformou em algo mais leve, mas na verdade foi a vacina que protegeu da doença mais grave", diz.

Realizada com brasileiros maiores de 16 anos de todas as regiões do Brasil, a pesquisa conta com 95% de grau de confiança, com margem de erro de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos. 

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Além do dado sobre a obrigatoriedade da vacina, outro que preocupa Smaili é sobre o grau de confiança na eficácia dos imunizantes.

A opinião de 30% dos entrevistados é que as vacinas contra o Sars-CoV-2, vírus que causa a Covid-19, ainda não têm comprovação científica. Em contrapartida, 52% têm confiança na eficácia dos fármacos.

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Para Smaili, o percentual de pessoas com dúvida sobre o imunizante tem envolvimento com a falta de campanhas informativas coordenadas entre instâncias federais, estaduais e municipais. Sem um planejamento adequado, a população não acessa plenamente as informações de qualidade sobre os fármacos. 


O cenário ainda ocasiona um terreno mais fértil para desinformações, com aquelas propagadas por grupos antivacina.

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"Se [as campanhas] não estão acontecendo, certamente uma parcela da população não vai nem tomar consciência dos malefícios de não tomar a vacina", afirma.


A desconfiança com as vacinas, no entanto, não tem respaldo científico. Inúmeras pesquisas já demonstraram tanto a segurança das vacinas quanto sua eficácia, principalmente na redução de casos graves da Covid-19. 


Uma estimativa publicada na revista Lancet Infectious Diseases, por exemplo, estimou que, entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021, os fármacos evitaram a morte de quase 20 milhões de pessoas.


KIT COVID


A cloroquina foi amplamente defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como tratamento precoce para Covid-19, mesmo sem haver evidências sobre a eficácia do medicamento para a doença. 


Com o tempo, essa desinformação tornou-se rara nos posts das redes sociais do ex-mandatário e dos seus três filhos, Flávio, Eduardo e Carlos.

Mesmo assim, a ideia de que a cloroquina tem ação contra o Sars-CoV-2 continua em alta em parte da população brasileira. Na nova pesquisa, 35% dos participantes concordaram que o remédio, em conjunto com a hidroxicloroquina, foi útil para o tratamento precoce da infecção. Por outro lado, 41% discordaram da afirmação.


Smaili afirma que a persistência da confiança nesse remédio e também em outros, como a azitromicina, está ligada ao fato de que muitos médicos continuam receitando esses medicamentos.

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As evidências científicas, no entanto, já revelarm que isso não tem respaldo científico. "A cloroquina foi testada em pacientes com Covid e nada produziu. [...] Pelo contrário, tem estudos que mostraram que a cloroquina acelerou prejuízos cardiovasculares."

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