O Paraná registrou 108 óbitos por dengue do total de 987 no Brasil em 2022. O número é equivalente a 10,94% das mortes pela doença no País. Já com relação à população, representa 5,4% do total.
Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, divulgado em 26 de dezembro, e se referem às 50 semanas epidemiológicas do ano passado (de 2 de janeiro a 17 de dezembro).
Ainda de acordo com os dados, ocorreram 1.414.797 casos prováveis de dengue (taxa de incidência de 663,2 casos por 100 mil habitantes) no Brasil. Em comparação com o ano de 2021, ocorreu um aumento de 163,8% casos.
Leia mais:
Prevenção contra dengue, zika e chikungunya deve ir além do 'evite água parada', diz Unicef
Paraná deve receber nova remessa com 96.600 doses de vacina contra a Covid-19
Ministério da Saúde nega 'desabastecimento generalizado' de vacinas no Brasil
Acidente doméstico: Entenda o que é o ‘traumatismo cranioencefálico’ sofrido por Lula
O Paraná teve 163.078 casos - incidência de 1.406,1 casos por 100 mil habitantes. Para comparar, o Rio Grande do Sul registrou 69.290 casos, com uma incidência de 604,3 casos por 100 mil habitantes. O tipo de vírus mais encontrado no Paraná foi o tipo 1.
A reportagem procurou a Sesa (Secretaria de Saúde do Estado do Paraná) na semana passada, mas foi informada que não poderia ser atendida.
COMBATE
O médico Gilberto Martin, que está na 17ª Regional de Saúde de Londrina e cedido pela Prefeitura de Cambé ao Cismepar (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema), observa que “todo mundo sabe as formas de transmissão da doença e a forma de proliferação do mosquito Aedes aegypti, mas as pessoas se esquecem disso. É difícil ficar o tempo todo lembrando que você tem que revisar o seu quintal”.
Segundo ele, são três ondas sobre a doença. “A primeira onda é a geração do mosquito, quando você tem um crescimento da proliferação. Você pode se preparar porque na sequência haverá o aumento móvel de casos e depois terá a terceira onda, que é quando ocorre o aumento de mortes”, detalhou.
Para o médico, para o combate ao mosquito transmissor e, consequentemente à dengue, é preciso uma política definida 12 meses ao ano de trabalho de conscientização, de mobilização e de articulação da sociedade.