Médicos que atuam nos plantões de ortopedia da Santa Casa de Londrina cobram mais profissionais durante os turnos para voltarem ao trabalho.
De acordo com os especialistas, apenas um médico fica no plantão de 24 horas para atender todos os casos de urgência e emergência que chegam na instituição, que é a referência para este tipo de procedimento na 17ª Regional de Saúde.
Maurício Miyazaki, que é o chefe da equipe – composta por cerca de dez médicos, que se revezam ao longo do mês –, relatou que a demanda aumentou de forma considerável nos últimos anos.
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“A Santa Casa recebe pacientes de toda a macrorregião. Com o volume atual não dá para apenas um ortopedista atender. Chegou num ponto que existe o risco de desassistência dentro do próprio hospital”, alertou.
A projeção é de o número ideal seria de, pelo menos, três ortopedistas por plantão. A média diária é de uma a cinco cirurgias ortopédicas, dependendo da complexidade do procedimento.
A FOLHA mostrou, na edição de quinta-feira (14), que desde o início da semana as cirurgias ortopédicas no hospital estão temporariamente suspensas pela falta de plantonistas.
Em reunião na segunda-feira (12), as diretorias administrativa e clínica fizeram uma proposta aos médicos, no entanto, a que foi oferecido não agradou à categoria e os profissionais seguem fora da escala.
“A proposta foi para pequenas alterações, remuneração, mas a questão principal, que é a necessidade de mais médicos, não foi atendida. Os médicos não se sentiram aptos a voltar”, destacou.