O crescimento da população idosa já não é mais uma realidade exclusiva de países europeus. A estimativa do Ministério da Saúde é de que haverá 63 milhões de idosos no Brasil até o ano de 2050. Com isso, cresce a preocupação com a qualidade de vida desse público, que concentra maior predomínio de doenças crônicas como hipertensão arterial, diabetes e, principalmente, a obesidade.
A Clínica de Nutrição da Universidade Norte do Paraná (Unopar) desenvolve um projeto nutricional que tem como objetivo orientar e incentivar o paciente acima de 60 anos a adotar novos hábitos alimentares em favor da saúde.
A nutricionista Aline Menezes Tiburcio explica que com o passar dos anos, o organismo humano sofre alterações fisiológicas e, com essas alterações, o sistema digestivo acaba tendo grande importância por determinar sintomas que podem afetar o bem-estar do indivíduo. ''Alguns cuidados simples com a alimentação podem atenuar sintomas e, inclusive, evitar patologias que estão associadas ao envelhecimento'', diz.
O projeto consiste no atendimento individual do idoso, portador ou não de doenças crônicas, com acompanhamento de peso, hábitos alimentares e exames laboratoriais. Quinzenalmente também são realizados encontros para orientações nutricionais em grupo.
Quando chega na clínica, o idoso passa por uma consulta para avaliação de seu histórico alimentar, condições de diabetes, hipertensão ou outras doenças que possa ter. Durante os encontros quinzenais também são feitas avaliações de acompanhamento, onde o idoso pode relatar como está desenvolvento seus hábitos alimentares e esclarecer suas dúvidas.
''É importante saber que a questão nutricional pode ser complementada com outros hábitos importantes como a prática de atividade física que ajuda o idoso no fortalecimento de músculos, já que a perda de massa é mais acentuada nesse período da vida'', diz.
Ainda segundo a nutricionista, diversos outros fatores devem ser levados em consideração quando o assunto é a alimentação do idoso. Mudanças no organismo como a perda de dentição, diminuição do paladar e principalmente a perda mais intensa de líquido do organismo exigem mais cautela na hora de escolher o alimento. ''Estimulamos o consumo de alimentos de fácil mastigação, a ingestão constante de líquido e a prática de atividade física, como por exemplo a musculação e a hidroginástica que são exercícios de impacto e ajudam no fortalecimento dos ossos e músculos. A qualidade de vida do idoso vai depender de suas ações e quanto mais orientado ele estiver, melhor poderá se alimentar e levar uma vida mais saudável'', finaliza.
Serviço:
Projeto Ambulatorial Geriátrico - Clínica de Nutrição Unopar. (43) 3371-7775.