No próximo dia 14 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Diabetes, uma data que visa chamar a atenção de todos aqueles que estão envolvidos direta ou indiretamente nos cuidados dessa doença.
Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF), a cada 5 segundos surge um novo caso no mundo, atingindo pelo menos 245 milhões de pessoas.
No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras da doença, sendo que 500 novos casos surgem por dia. A maior parte das ocorrências é do diabetes tipo 2, cuja incidência é maior após os 40 anos. Nesse caso, a causa parece ser a ação da resistência à insulina aliada a uma secreção de insulina insuficiente provocada por herança genética, ganho de peso (principalmente gordura abdominal), sedentarismo ou pelo envelhecimento. Em crianças e adolescentes acima do peso este tipo de diabetes também tem sido observado com frequência.
Como mais de 80% das pessoas com diabetes tipo 2 estão acima do peso, as medidas iniciais para o tratamento são as modificações do estilo de vida, que envolvem uma dieta adequada visando controle do peso e da glicemia, além da prática de atividades físicas regulares. O uso de medicamentos orais estará indicado somente se essas medidas não forem suficientes para controlar a hiperglicemia.
Alimentação
No que se refere a alimentação, as pesquisas atuais têm mostrado que as fibras alimentares, em especial as solúveis, colaboram para o controle da glicemia, além de apresentarem efeitos benéficos sobre o perfil lipídico e hipertensão arterial.
Segundo a doutora Andrea Dario Frias, Ph.D em nutrição e coordenadora do Centro de Pesquisa Sanavita, as fibras vem ganhando status de protetoras da saúde. De mera passageira do nosso aparelho gastrointestinal, sem nenhuma função nutritiva, elas praticamente não produzem energia para nosso corpo, porque nem chegam a ser digeridas nem absorvidas, e justamente por isso, interferem em todos os movimentos do sistema gastrointestinal, melhorando nossa disposição, humor e reduzindo o risco de uma série de doenças. "No caso do diabetes, as fibras solúveis quando ingeridas provocam um atraso do esvaziamento gástrico (atraso na liberação do bolo alimentar do estômago para o intestino) e com isso, liberam lentamente a glicose para o intestino delgado, onde será absorvida, assim a s ua concentração no sangue eleva-se mais lentamente", explica.
A farinha de banana verde e a casca do maracujá são exemplos de fibras investigadas com a finalidade de ajudar no controle da glicemia. No caso da casca do maracujá, estudos mostram que a pectina, uma fibra solúvel presente em grande quantidade no alimento, é capaz de retardar a absorção de carboidratos. Já a farinha de banana verde é rica em amido resistente, uma substância considerada fibra alimentar por não ser digerida e se tornar disponível como substrato para fermentação pelas bactérias anaeróbicas do cólon. Estudos mostram que esse tipo de fibra pode reduzir as respostas pós prandiais glicêmicas e insulinêmicas, aumentando a sensibilidade à insulina.
Segundo Andrea, esses dois alimentos têm sido avaliados como boas alternativas para quem sofre com a doença. "O nosso Centro de Pesquisa estudou e desenvolveu um complexo alimentar onde essas duas fibras foram combinadas de forma equilibrada e exclusiva. Chegamos a um alimento de baixo índice glicêmico, cujo consumo regular pode auxiliar na diminuição dos níveis de glicose, sendo um grande aliado para as pessoas que desejam aumentar o aporte de fibras na alimentação", diz a especialista. "Batizado com o nome de Glicofiber, o complexo pode ser consumido associado a alimentos como sucos, leite, iogurte, frutas ou utilizado no preparo de pães, biscoitos e demais pratos.
A ingestão de 15g ou duas colheres de sobremesa oferece uma quantidade de 5,2g de fibras. "Não se trata de um substituto medicamentoso, mas um coadjuvante que ajuda as pessoas na obtenção de melhores resultados glicêmicos", comenta Andrea. A pesquisadora finaliza alertando para a necessidade de aumentar o consumo de água, já que as fibras precisam dela para cumprir melhor sua função e promover seus benefícios.
Para mostrar que a mistura de fibras da farinha de banana verde e da casca do maracujá pode ser incorporada normalmente na rotina da alimentação, segue uma receita de Cocada de Maracujá Diet, totalmente livre de açúcar.
Cocada de maracujá
Ingredientes:
- 200g de coco ralado fresco sem açúcar
- 1 xícara de adoçante dietético para forno e fogão
- 1/2 xícara de suco concentrado de maracujá
- 1 ½ xícara de água com 1 colher de sopa de amido de milho dissolvido
- 6 cravos
- polpa de um maracujá (opcional)
- 08 colheres sobremesa Glicofiber
Modo de preparo:
Leve ao fogo brando todos os ingredientes, mexendo bem até engrossar. Isso pode demorar um pouco, mas lembre-se que esta é uma cocada cremosa.
Retire do fogo, esfrie e mantenha na geladeira, em pote com tampa.
Pode ser congelado por até 3 meses. Descongele na geladeira.
*Rendimento: 6 porções
*Cada porção tem 215 calorias