As férias acabaram, mas o verão continua até meados de março. Por isso, algumas dicas ainda são válidas para aproveitar de maneira correta estes últimos dias de muito sol. A pele, o maior órgão do corpo humano, merece cuidados especiais, principalmente quando se trata da exposição ao sol. Entre suas diversas funções estão: contato, transpiração, estímulo sexual, exsudação, termorregulação, nutrição e proteção.
Nestes períodos de exposição solar, mesmo nos horários mais convenientes e com o uso de protetores, uma alimentação saudável pode ser grande aliada. Segundo Wilhelm Stahl e Helmut Sies no artigo "Carotenoids and Protection against Solar UV Radiation", se alimentar com alimentos funcionais pode auxiliar a fotoproteção da pele, melhorando sua cor, textura e brilho.
A sugestão é que haja uma alimentação rica em carotenóide, que é uma das substâncias mais importantes. No artigo "Carotenoids and Flavonoids Contribute to Nutritional Protection Against Skindamage from Sunlight", publicado na Revista Biotechnol, Wilhelm Stahl confirma que os carotenóides contribuem para a nutrição e proteção do dano da pele sob a luz solar.
O carotenóide é um excelente antioxidante natural que pode combater os radicais livres de oxigênio, que são um dos mais danosos à pele. Os radicais livres podem atacar o DNA, o material genético das células e provocar mutações, principalmente o câncer.
Há cerca de 600 carotenóides na natureza. Os mais comuns são o betacaroteno ou o licopeno, excelentes fotoprotetotes que diminuem as radiações de ultravioleta e as lesões das mesmas sobre a pele. Para Cerqueira e Medeiros, concentrações altas de licopeno e betacaroteno alteram a permeabilidade da membrana da célula às toxinas, ao oxigênio e aos metabólitos locais.
Dentre os alimentos ricos em carotenóides, estão: cenoura, laranja, caju, damasco, melão orange, melancia, batata doce, pimentão vermelho e amarelo, abóbora, pequi, dendê, tomate, salsinha, pupunha, abricó, buriti, gema e alga marinha.
É importante lembrar que frutas amarelas contêm até quatro vezes mais betacarotenos que os vegetais folhosos como espinafre, couve, agrião e brócolis.
*Sylvana Braga é nutróloga, reumatóloga, fisiatra e especialista em prática ortomolecular