Se ao sair do oftalmologista, ao invés de dirigir-se a uma ótica você for orientado a ir a uma peixaria, não se preocupe. De acordo com o oftalmologista, especializado em retina, Sérgio Kniggendorf, a vitamina D e os ácidos graxos Ômega 3, presentes em alguns peixes, são considerados grandes aliados do tratamento para reduzir a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI).
O médico chama a atenção para a questão alimentar relacionada à qualidade da visão, porque 31 de março (domingo) é o Dia Nacional da Saúde e da Nutrição, incluído no calendário do Ministério da Saúde para alertar sobre a qualidade da alimentação ingerida e sua interferêcia no organismo. No que se refere à saúde ocular é grande o benefício que a alimentação adequada pode render em especial para portadores da DMRI. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima que aproximadamente três milhões de brasileiros, acima de 65 anos de idade, sofram da DMRI em estágios variados de evolução.
Alimentos e vitaminas antioxidantes são fortes aliados na prevenção e no tratamento da DMRI, ressalta Kniggendorf. Ele explica que esses componentes ajudam no fortalecimento da coróide da retina e são muito eficazes na circulação. "Como antioxidantes, as vitaminas C, D e E, além do Beta-caroteno, a Luteína, o Ômega 3, o Selênio e o Zinco diminuem, comprovadamente, em torno de 25% as chances de ocorrer a degeneração macular relacionada à idade", observa o especialista.
Dose certa - As vitaminas nesses casos agem como suplementos e precisam ser ingeridas em dosagens determinadas pelo oftalmologista, orienta Kniggendorf. "O paciente terá que se acostumar com a ingestão de vitaminas, pois irá conviver com este hábito para sempre", diz o médico ao alertar que fumantes têm algumas restrições para ingestão de algumas vitaminas, pois às vezes podem desencadear outras implicações de saúde.
Candidatos - A degeneração macular aparece com mais frequência em pessoas com idade superior a 50 anos e é uma das principais causas de perda de visão na população idosa. A presença da degeneração é detectada em exames oftalmológicos de rotina. O exame de fundo de olho e o mapeamento de retina, por exemplo, apontam as alterações existentes. Investigações mais detalhadas são obtidas pela angiofluoresceinografia, campimetria computadorizada e o teste de Amsler.
De acordo com o oftalmologista, fumantes, hipertensos, pessoas com altos índices de colesterol, herdeiros de uma história familiar com ocorrência da DMRI, pele e olhos claros estão mais propensos a desenvolver a patologia. Trata-se de uma doença que não tem cura e pode levar à perda da visão central. Como interfere exatamente na mácula que é a região central da retina, a DMRI impossibilita seus portadores de ler, assistir televisão, escrever ou realizar trabalhos manuais, uma vez que essas ações exigem um nível de detalhamento visual que a doença não permite à retina alcançar.