A SMS (Secretaria Municipal de Saúde) de Londrina divulgou nesta quinta-feira (5) o novo boletim epidemiológico sobre a dengue. Uma mulher de 50 anos, sem comorbidades e moradora da Zona Leste, morreu em decorrência da doença.
Ela apresentou sintomas no dia 26 de abril e veio à óbito no dia 30 do mesmo mês, na Iscal (Irmandade Santa Casa de Londrina). O caso estava em investigação e discutido na Comissão de revisão de óbitos por dengue.
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O boletim também aponta que, do início do ano até o momento, foram registradas 17.820 notificações relacionadas à doença, das quais 3.250 foram confirmadas e 10.228 descartadas. Outros 4.342 casos seguem em análise e a cidade registra mais um óbito, totalizando seis mortes esse ano.
O dados destacam sete notificações relacionadas à chikungunya, das quais uma foi confirmada (caso importado), três descartadas e três estão em análise.
O mapa que apresenta a incidência de casos notificados por área de abrangência das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) destacou três localidades com incidência crescente: União da Vitória, Panissa e Mister Thomas. Por outro lado, nos distritos rurais, o cenário atual é de estabilidade, sem registro de aumento significativo nas notificações. Com isso, a SMS segue com monitoramento ativo nessas regiões, priorizando ações preventivas.
Segundo o gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Nino Ribas, o município segue em estado de atenção constante quanto à incidência de casos notificados de dengue. “Com base no último levantamento, a regiões do Panissa, Mister Thomas e União da Vitória indicam uma indecência crescente de dengue, o que exige intensificação das ações de controle vetorial, visitas domiciliares, atividades educativas e eliminação de criadouros. Cabe destacar que nenhuma área de abrangência das UBSs apresenta, até o momento, incidência elevada, evidenciando a efetividade parcial das ações já desenvolvidas, ou seja, precisamos manter o engajamento da população e a continuidade das medidas intersetoriais”, explicou.
De acordo com Ribas, apesar da chegada do período mais frio do ano, é fundamental que a população mantenha o estado de alerta. “Com a queda da temperatura, observa-se uma redução da circulação do mosquito adulto, mas isso não significa menor risco de transmissão. Pelo contrário, nesta época a fêmea do Aedes aegypti tende a colocar uma quantidade maior de ovos em criadouros protegidos da luz e do frio, como calhas, ralos, pneus, vasos e caixas d’água mal vedadas. Esses ovos têm alta resistência e podem sobreviver por até um ano no ambiente seco, aguardando apenas a presença de água e calor para eclodirem, ou seja, o inverno é um período estratégico para o acúmulo silencioso de ovos no ambiente. Isso pode resultar em surtos explosivos quando as temperaturas voltam a subir, por isso o trabalho de prevenção agora é ainda mais importante para conter a cadeia de transmissão antes do próximo ciclo sazonal da dengue”, reforçou.
Entre as ações que serão mantidas ao longo deste período, pela SMS, destacam-se a realização de mutirões de limpeza a cada 15 dias, priorizando os bairros com tendência de aumento na incidência. “Essas atividades envolvem a remoção de materiais que não tem serventia, orientações à população, identificação e eliminação de criadouros, além da articulação com outras secretarias e parceiros locais para reforço logístico e operacional”, contou o gerente.
A SMS também reforça que a vacina contra a dengue está disponível para crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos. A vacinação é uma ferramenta fundamental para reduzir a gravidade da doença e contribuir para o controle dos casos no próximo momento epidêmico. “É essencial que pais e responsáveis levem seus filhos até a unidade de saúde mais próxima para garantir a imunização dentro do esquema recomendado”, enfatizou Ribas.
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