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Saúde pública

Londrina terá drones, armadilhas de mosquitos e até agentes temporários para combater a dengue

Luís Fernando Wiltemburg - Redação Bonde
27 jan 2025 às 14:55

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Redação Bonde
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A Secretaria Municipal de Saúde vai aumentar o número de armadilhas para o aedes, usar drones para fiscalizar possíveis focos de reprodução em locais em que o acesso é impossibilitado e avalia até contratar agentes de combates a endemias temporários para combater a dengue em Londrina.


As informações foram dadas pelo prefeito Tiago Amaral (PSD) e pela futura secretária de Saúde, Vivian Feijó, no lançamento da campanha “Londrina Sem Dengue – Sua Ação Salva Vidas”, apresentada a secretários e servidores na manhã desta segunda-feira (27). “Eu, como muitos londrinenses, fico indignado com Londrina liderando, infelizmente, esse número de casos, a quantidade de mosquitos, a quantidade de vetores. Isso não podemos aceitar.”

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De acordo com Vivian – ainda superintendente do HU (Hospital Universitário) de Londrina e coordenadora da ação contra a dengue -, o plano de contingência elaborado desde o ano passado, ainda no período de transição entre governos municipais, prevê monitoramento e prevenção, intensificação das ações assistenciais e ampliação da capacidade de atendimento em casos graves.

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“Já estamos em um momento de transmissão sustentada, com mais de 700 notificações e 96 casos confirmados em Londrina, incluindo 11 do sorotipo dengue 3, que pode causar sintomas mais graves. Nosso objetivo é agir antes que os números aumentem de forma preocupante”, afirma Vivian.

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A fase de monitoramento e prevenção terá a ampliação das armadilhas para os mosquitos das atuais de 1.014 para 1.200 unidades. O artefato é uma peça importante para imonitorar a densidade vetorial do Aedes aegypti. Além disso, uma parceria com o laboratório de biologia da UEL (Univeresidade Estadual de Londrina) permitirá análises genéticas dos mosquitos para direcionar ações de combate com maior precisão.


Outra novidade é a aplicação de drones para monitorar áreas de difícil acesso, como terrenos abandonados e imóveis fechados. Porém, devido ao reduzido número dos equipamentos disponíveis – A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) tem dois e Londrina Iluminação tem um, enumera - , a tecnologia será utilizada, inicialmente, em regiões com maior índice de criadouros. “Se os resultados forem positivos, poderemos ampliar o uso dos drones com parcerias ou até contratação de empresas especializadas”, explica Vivian.

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Os equipamentos vão entrar em ação a partir de fevereiro, em locais de difíceis acesso para as equipes, segundo o prefeito Tiago Amaral. “Temos que chegar até os quintais de casas que, eventualmente, não tenham pessoas, que estejam inacessíveis [para as equipes de combate a endemias]. Então, para que a gente não fique dependendo da pessoa estar em casa para salvar aquela comunidade, salvar os vizinhos daquele imóvel, faremos a utilização de drones”, explica.


Outra etapa da ação de combate à doença é a conscientização da população. No dia 7 de fevereiro, será promovido o “Dia D Contra a Dengue”, com mutirões de limpeza envolvendo a prefeitura, escolas, órgãos públicos e entidades religiosas. A intenção é incentivar os cidadãos a cuidarem de seus quintais e comunidades, eliminando focos de água parada. 

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A implantação do método Wolbachia também apresenta resultados, avalia a coordenadora da campanha. O nome se refere a uma bactéria que não está presente naturalmente no aedes, mas que, ao infectar o vetor transmissor, impede o desenvolvimento do vírus da dengue, zika e chikungunya. O método, portanto, é a liberação de mosquitos infectados em laboratório para que transmitam aos que estão nos ambientes. 


Implementado no ano passado, os mosquitos com wolbachia já estão presentes em 60% de Londrina e Vivian acredita que pode chegar, ainda neste ano, a até 80% da área. 

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Agentes de saúde temporários


Um dos principais desafios que a Secretaria de Saúde enfrenta é a defasagem no número de servidores. Segundo Vivian, durante a fase de transição, foram identificados 1.500 funcionários a menos do que o necessário – somente de agente comunitários de saúde, seria preciso ter mais 109 para colocar o plano de combate à dengue em ação.


“Faltam ACS (agentes comunitários de saúde), faltam agentes de endemia, faltam enfermeiros, médicos, e nós fizemos um abraçamento das atividades. Conversei com o prefeito hoje (segunda-feira) sobre a possibilidade de um contrato temporário, emergencial, para atender a dengue. Sabemos, sim, que há concurso, mas não há tempo hábil de contratação. A dengue está posta, os números ainda estão controlados, não tem alarme, mas tem muita atenção e preocupação. Então, para isso, a gente precisa de uma alternativa rápida”, justifica. 

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