A Oxigenoterapia Hiperbárica consiste em respirar oxigênio puro em um ambiente com pressão aumentada, de duas a três vezes em relação a pressão atmosférica que pode ser até três vezes maior que a atmosférica.
O tratamento por meio da câmara hiperbárica pode trazer inúmeros benefícios para a saúde, principalmente para quem sofre lesões e possui algum tipo de dificuldade de cicatrização, como os diabéticos, por exemplo.
O tratamento basicamente consiste na inalação do oxigênio em uma câmara hiperbárica pelo período de 90 minutos, como informa Vinicius Pena, enfermeiro responsável pelo tratamento dos pacientes no Honpar (Hospital Norte do Paraná), de Arapongas.
Leia mais:
Alvo Bike terá palestra sobre alinhamento do corpo e da mente no ciclismo
Síndrome do Tédio também afeta saúde mental no ambiente de trabalho
Câmara aprova inclusão de políticas públicas para Burnout no SUS; especialistas comentam
Entenda os impactos emocionais e a importância do suporte psicológico para gestantes
"As sessões são diárias e sempre acompanhadas por um profissional de enfermagem e um médico hiperbarista. A duração varia conforme a gravidade da doença tratada”, destaca Pena.
A inalação do oxigênio em alta pressão faz com que a sua concentração no sangue aumente, contribuindo para a elevação da velocidade de difusão nos tecidos, ou seja, o tratamento permite que o oxigênio chegue a lugares menos oxigenados no corpo humano, atuando como um potente medicamento e auxiliando na formação de novos vasos sanguíneos, auxiliando no tratamento de infecções e levando à formação de células responsáveis pela estrutura da pele.
Entre os benefícios desse tratamento, Rosana Lopes Miranda, médica hiperbarista do Honpar, destaca a possibilidade de evitar procedimentos mais invasivos como amputações e cirurgias. Além disso, a recuperação pode ser até 50% mais rápida, assim como o tempo de internamento e uso de antibióticos.
Além de tratar feridas, o uso da câmara hiperbárica pode ajudar em casos de anemia profunda com a impossibilidade de transfusão de sangue, isquemias traumáticas agudas, como lesão por esmagamento, síndrome compartimental, reimplante de extremidade amputada, doenças arteriais obstrutivas e vasculites.