No último dia 16, o governo federal autorizou o uso da telemedicina enquanto durar a crise do coronavírus. Para profissionais, isso pode contribuir com as medidas de distanciamento social sem que a pessoa interrompa a assistência médica.
A telemedicina tem diversas modalidades relacionadas à saúde. Entre elas, realização de consultas, triagem, monitoramentos e orientações a distância.
Para Marcelo Queiroga, cardiologista e presidente da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), todos podem utilizar a teleconsulta. "Sobretudo quem está impedido de procurar um médico por conta do isolamento ou está em área remota", afirma.
Leia mais:
Projeto de Londrina que oferece música como terapia para Alzheimer é selecionado em edital nacional
Unindo religião e ciência, casa católica passa a abrigar consultório psicológico gratuito na zona sul
'Secar' o corpo até o verão é possível, mas exige disciplina e acompanhamento
Ministério da Saúde inclui transtornos ligados ao trabalho na lista de notificação compulsória
No entanto, o médico ressalta que o serviço não substitui a consulta presencial. Queiroga diz que o paciente pode receber orientações a distância, mas sintomas graves, como dor no peito ou falta de ar, por exemplo, exigem atendimento em locais físicos.
"A telemedicina resolve casos de baixa complexidade", explica Antonio Carlos Endrigo, médico e diretor de Tecnologia da Informação da APM (Associação Paulista de Medicina). Ele lembra que o serviço tem limitações como a impossibilidade de exames físicos e diagnósticos.
Para Antonio, a telemedicina só deve ser utilizada quando já houve um contato presencial com o médico, isso pode evitar fraudes e possibilitar que o profissional conheça a situação do paciente.
As plataformas utilizadas devem ser seguras. Antes de utilizar o serviço, o paciente deve ler o termo de consentimento. Antonio afirma que o uso inadequado do serviço pode levar à exposição de informações pessoais e também a atendimentos indevidos.