Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Plástico

Exposição ao Bisfenol pode levar homens à infertilidade

AEN-PR
03 mar 2020 às 11:57
- iStock
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Um estudo feito por pesquisadores da UEL (Universidade Estadual de Londrina) mostrou que o BPA (Bisfenol A) pode ser o responsável pelo crescente número de indivíduos do sexo masculino, em idade reprodutiva, com problemas de infertilidade.

A substância é utilizada na fabricação de policarbonato, um tipo de resina usada na produção da maioria dos plásticos.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Diante dos diversos riscos que esta substância pode causar à saúde, como câncer e problemas cardíacos, o BPA já foi banido de países desenvolvidos como os Estados Unidos, por exemplo. No Brasil, uma lei de 2011 proíbe apenas o uso na fabricação de produtos para bebês, como mamadeiras e outros utensílios para lactentes.

Leia mais:

Imagem de destaque
Vivência do mountain bike

Alvo Bike terá palestra sobre alinhamento do corpo e da mente no ciclismo

Imagem de destaque
Comportamento de apatia

Síndrome do Tédio também afeta saúde mental no ambiente de trabalho

Imagem de destaque
Mulheres são mais afetadas

Câmara aprova inclusão de políticas públicas para Burnout no SUS; especialistas comentam

Imagem de destaque
Caso Iza

Entenda os impactos emocionais e a importância do suporte psicológico para gestantes


Financiada pela Fundação Araucária, a pesquisa coordenada pela professora Glaura Scantamburlo Alves Fernandes, do CCB (Centro de Ciências Biológicas) da UEL, alerta que mesmo em doses baixas o BPA pode alterar o desenvolvimento do testículo e do epidídimo de adolescentes. "O Bisfenol A pode levar a alterações reprodutivas no ser humano. Quando este indivíduo entrar na fase de reprodução ele pode ter um déficit de fertilidade”, diz Glaura .

Publicidade


A pesquisadora Fernanda Mithie Ogo, que estudou o tema em seu projeto de mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Patologia Experimental, destaca que foram usados roedores como modelo experimental e que estes animais são mais resistentes do que o homem a este tipo de substância. "Se o agente pode causar alterações nestes animais o homem, como é mais sensível, certamente terá mais prejuízos em relação ao animal. Também não podemos descartar o fato de que a exposição ao BPA por um tempo maior pode trazer consequências mais severas como o câncer,” explica.


A principal orientação para a população é que só sejam adquiridos produtos plásticos com a informação "Livre de BPA”. Para quem usa utensílios plásticos com Bisfenol A a recomendação é não aquecê-lo. "A alta temperatura faz com que pequenas quantidades destes elementos sejam liberados no produto ou alimento, que fazem com que este tóxico seja consumido diretamente,” afirma a professora Glaura Scantamburlo.

Publicidade


Ela ressaltou ainda que muitas pessoas insistem em utilizar tigelas e outros recipientes de plástico para armazenar alimentos por serem mais baratos do que os de vidro, por exemplo. Ignorando o risco que uma simples marmita de plástico, aquecida diariamente no trabalho, pode causar à saúde desta pessoa.


A representante da Câmara e do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná e assessora da diretoria da Fundação Araucária, Priscila Tsupal, reitera que as garrafas de plástico de água mineral, filme plástico e copos descartáveis para cafezinho, por exemplo, também podem conter BPA. "A lista é bem grande e é preciso estar atento às informações do rótulo. É importante observar se os números 3 ou 7 estão expostos no símbolo da reciclagem. Se estiverem, não utilize e nunca esquente alimentos no plástico,” reforça Priscila que também é professora do Departamento de Nutrição da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste).

"O alerta feito por meio do projeto da UEL ´Desenvolvimento testicular pós-natal de ratos expostos ao Bisfenol A durante o período peripuberal´ à sociedade, é mais um exemplo da importância e necessidade do investimento na pesquisa científica pelo Governo do Estado por meio da Araucária”, disse o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade