Corpo & Mente

Educação sexual é fundamental desde a infância, diz psicóloga

16 out 2023 às 20:10

Voltando a ter prioridade nas pautas do governo federal em 2024, a educação sexual é fundamental para crianças de todas as idades. Quem garante isso é a psicóloga, especialista em Educação Escolar e professora da UEM (Universidade Estadual de Maringá) Eliane Maio, que ressalta a importância de ações desse tipo no ambiente escolar.


“Nós não nascemos com a nossa sexualidade, portanto, precisamos aprender sobre ela. Por isso, se fazem necessárias a educação sexual e a reprodutiva, para que possamos aprender a nos conhecer, nos respeitar e a outra pessoa também”, diz.


Débora Proença, professora, pedagoga e pós-graduada em Educação Sexual na Escola, também reforça que o conhecimento transmitido aos estudantes pode prevenir diversos transtornos. "É urgente, pois é uma maneira de fazer orientações sobre privacidade, autoproteção, sentimentos e consentimentos. Também é possível trabalhar noções de conhecimento do corpo, mudanças pelas quais os adolescentes passam, além de dar noções sobre higiene pessoal e cuidados com o próprio corpo”, elucida a docente.


A discussão voltou a ganhar fôlego após o governo Lula (PT) anunciar que vai repassar R$ 90,3 milhões a 99% dos municípios do país para que a prática volte a ser desenvolvida nas escolas. A ação faz parte do PSE (Programa Saúde na Escola), que - de acordo com a atual administração do Ministério da Saúde - não abordou o tema na gestão anterior.


A pasta, comandada por Nísia Trindade, destaca que o programa foi reduzido a pautas sobre alimentação saudável, prevenção da obesidade e promoção de atividades físicas. Agora, além da volta da educação sexual, ganham espaço, também, ações relacionadas à saúde mental e à prevenção do HIV (vírus da imunodeficiência humana) e de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).


Maio ressalta que a transmissão de conhecimentos sobre o assunto é fundamental para deixar as crianças cientes de abusos, caso sofram algum tipo de violência sexual. “Se não se ensina sobre ética e respeito ao corpo, pode-se deixar para que outras instâncias que a criança conviva ensinem. Infelizmente, de formas inadequadas. Sempre digo: tanto o abusador quanto a criança abusada passam pela escola”, reflete a psicóloga.


Ela ainda avalia que, devido ao alto número de abusos infantis no Brasil, a educação sexual deve acontecer desde os primeiros anos de vida da criança, evoluindo conforme a idade. “Ensinar, desde bebê, o nome correto dos órgãos sexuais (pênis e vulva) já é uma aprendizagem adequada e suficiente. Aos poucos, pode-se introduzir assuntos relacionados à sexualidade, que a criança aprenderá com segurança, respeito e ética.”


LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NA FOLHA DE LONDRINA:

Continue lendo